Ver Angola

Economia

Agência de notação financeira Fitch aponta crescimento de Angola para os 2,5 por cento

A agência de notação financeira Fitch considera que Angola vai crescer apenas 2,5 por cento este ano, abrandando ainda mais face aos 3 por cento que deverá ter crescido no ano passado, o valor mais baixo desde 2009.

Baía de Luanda:

"O crescimento de Angola é ensombrado pela procura externa em abrandamento, perspectivas incertas na indústria do petróleo e fraco consumo interno", explicam os analistas da Fitch.

No documento que baixa a Perspectiva de Evolução do 'rating' do país para Negativa e antevê um "crescimento de apenas 2,5 por cento este ano, acelerando em 2017, na assunção de que os preços do petróleo recuperam", os analistas dizem ainda que "o crescimento do PIB caiu para 3 por cento em 2015, o valor mais baixo desde 2009, mas foi ajudado pelo aumento da produção nos poços actuais", diz a Fitch.

"Apesar da produção de petróleo continuar a subir modestamente em 2016, este efeito vai ser anulado pela descida do investimento em quase todos os outros sectores e pela previsível contracção no consumo privado, que é o resultado da subida da inflação e dos custos de crédito", acrescentam os analistas.

A previsão de crescimento de 2,5 por cento representa uma forte revisão em baixa face à previsão de Setembro do ano passado, mês em que a Fitch estimava que Angola iria ter uma expansão económica de 4,5 por cento.

A agência de 'rating' desceu também a Perspectiva de Evolução da avaliação da dívida soberana de Angola para Negativa, sendo assim provável que desça o 'rating' do país nos próximos 12 a 18 meses.

Na avaliação dos peritos desta agência de notação financeira, o 'rating' de Angola foi mantido em B+, abaixo da escala de investimento, ou 'lixo', como é tradicionalmente conhecido, mas a previsão de evolução da análise passou de Estável para Negativa.

"A elevada dependência das receitas petrolíferas por parte de Angola, em combinação com a queda dos preços do petróleo desde a anterior avaliação feita pela Fich, em Setembro de 2015, piorou a análise das condições externas, orçamentais e macroeconómicas do país, aumentando os riscos", escreve a Fitch no relatório em que dá conta da descida do 'rating'.

Para a elaboração do relatório e das previsões macroeconómicas, a Fitch assume que a média dos preços do petróleo será de 35 dólares por barril este ano e 45 em 2017, e parte também do princípio de que "o ambiente político vai manter-se estável, sem alterações significativas à actual elite política".

Permita anúncios no nosso site

×

Parece que está a utilizar um bloqueador de anúncios
Utilizamos a publicidade para podermos oferecer-lhe notícias diariamente.