De acordo com o boletim estatístico do Banco de Portugal, hoje divulgado em Lisboa, em Angola, país que representa a quase totalidade das remessas enviadas pelos portugueses a trabalhar nos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), as verbas passaram de 15,2 para 18,3 milhões de euros, o que significa um aumento de praticamente 20 por cento.
Os angolanos a trabalhar em Portugal enviaram 1,7 milhões de euros para o seu país de origem, o que revela uma descida de 26,2 por cento face aos 2,3 milhões de euros que tinham enviado em Janeiro de 2015.
Olhando para todos os PALOP em conjunto, regista-se uma subida das remessas enviadas pelos portugueses emigrantes, que passaram de 16,2 para 19,1 milhões de euros, o que equivale a um aumento de 18,1 por cento.
Em sentido inverso, ou seja, o dinheiro que os emigrantes dos PALOP em Portugal enviaram para os seus países de origem, houve uma queda de quase 25 por cento, dado que as verbas diminuíram de 4,98 milhões para 3,76 milhões de euros.
Como de costume, o Banco de Portugal divulga apenas os agregados dos montantes enviados de e para PALOP, não os separando por país, à excepção de Angola, o país mais influente na avaliação das remessas.
Ao longo de todo o ano passado, os portugueses a trabalhar nos PALOP enviaram para Portugal 229,2 milhões de euros, dos quais 218,1 vieram de Angola, enquanto que os africanos dos PALOP em Portugal enviaram para os seus países 51 milhões de euros, 20 dos quais para Angola.
No total, as remessas dos trabalhadores portugueses no estrangeiro caíram 21,4 por cento em Janeiro deste ano comparativamente com o primeiro mês do ano passado, diminuindo de 261,9 milhões de euros para pouco mais de 205 milhões de euros.
As remessas dos estrangeiros a trabalhar em Portugal mantiveram-se praticamente inalteradas, registando apenas uma variação positiva de 1,7 por cento, de 44 milhões para 44,7 milhões de euros.
Como é tradicional, os emigrantes a trabalhar na Suíça foram os que mais contribuíram, com 73 milhões de euros, mas há a registar a enorme variação negativa de quase 50 por cento dos portugueses na Suíça, cujas remessas para Portugal caíram de 63,1 milhões, em Janeiro do ano passado, para pouco mais de 32 milhões de euros.