Em causa está a obrigatoriedade de os mais de 20 bancos comerciais que operam em Angola constituírem reservas sobre os depósitos à ordem do Banco Nacional de Angola (BNA), que fixou taxas de 15 por cento do total em moeda estrangeira e 25 por cento em moeda nacional.
Segundo dados preliminares do BNA relativos ao panorama monetário angolano, no final de 2015 estas reservas cifravam-se em 1,111 biliões de kwanzas, pelo que no espaço de um mês cresceram cerca de 80 mil milhões de kwanzas (500 milhões de dólares).
Entre esta denominada "reserva bancária" contam-se em Janeiro de 2016, nomeadamente, os depósitos obrigatórios em moeda estrangeira, que aumentaram para 129.712 milhões de kwanzas, e em moeda nacional, que também subiram, para 805.701 milhões de kwanzas.
Nos últimos cinco anos - período disponibilizado na análise do BNA -, o valor total mais baixo destas reservas foi em 2012, com um total 671.325 milhões de kwanzas.
Só no espaço de um ano, o kwanza já desvalorizou mais de 40 por cento face ao dólar norte-americano. Os bancos comerciais angolanos estão obrigados desde 1 de Julho de 2015 a constituir reservas de moeda nacional no BNA equivalentes a 25 por cento dos depósitos dos clientes, anunciou na altura o BNA. O coeficiente de reservas obrigatórias em moeda estrangeira manteve-se então inalterado em 15 por cento.
O coeficiente de reservas obrigatórias em moeda nacional estava fixado em 2014 em 12,5 por cento, tendo o BNA aumentado a 1 de Janeiro de 2015 para 15 por cento, justificando a decisão com a necessidade de "garantir a estabilidade de preços", precisamente no pico da crise da quebra da cotação internacional do petróleo.
Os bancos comerciais que operam em Angola são obrigados a informar regularmente o banco central sobre estas reservas, que envolvem depósitos e operações com títulos.
