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Cada quilómetro de estrada em Angola custou mais de dois milhões de dólares

Cada quilómetro de estrada em Angola custou às autoridades cerca de 2,1 milhões de dólares nos últimos anos, segundo números divulgados em Londres por um investigador do instituto de estudos Chatham House.

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Soren Kirk Jensen, especialista em questões de transparência, remeteu o cálculo a um estudo de 2011, que somava todo o dinheiro gasto pelo governo angolano na reabilitação e construção de estradas.

Assim, estimou que a despesa correspondeu a 2,8 mil milhões de dólares por ano, o que equivale a cerca de 2,1 milhões de dólares por quilómetro. Porém, acrescentou que os números referentes aos 1,2 mil milhões de dólares orçamentados em 2014 para obras em estradas indicam que o custo baixou recentemente para 1,1 milhões de dólares por quilómetro.

Ao todo, Soren Jensen verificou que os números oficiais da despesa pública entre 2002 e 2013 na rede rodoviária somavam 67,4 mil milhões de dólares, isto sem contar com o financiamento providenciado por linhas de crédito chinesas pois, referiu, nem sempre é orçamentado.

E o que descobriu é que o investimento em infra-estruturas subiu ao longo do tempo: entre 2002-05, ficou-se pelos 4,24 mil milhões de dólares, mas entre 2006-09 mais do que sextuplicou, para 26,93 mil milhões de dólares, e entre 2010 e 2013 voltou quase a duplicar, para 36,26 mil milhões de dólares.

"À medida que os preços do petróleo subia, os números do investimento subiram drasticamente", comentou, deixando para especialistas em infra-estruturas sobre as importâncias em causa são razoáveis em termos de custo-benefício.

Ainda referindo um estudo em 2011 que indicava que 58 por cento das estradas principais e secundárias e 40 por cento das estradas locais estavam em bom estado, questionou se os utentes das estradas se identificam com esta avaliação.

"Não temos nenhuma prova definitiva sobre isto, mas em termos de provas casuais da impressão passada por ministros ou por elementos da sociedade civil e empresários do sector privado que foi perdida uma oportunidade e que a infra-estrutura de estradas não é tão boa como devia ser", sublinhou.

A verificar-se, acrescentou, este é um problema que "trava a necessidade crucial de diversificar a economia, que depende de uma boa rede de estradas".

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