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Um ano depois da tragédia do Lobito moradores regressam às zonas de risco

Um ano depois de chuvas fortes terem provocado 71 mortos e desalojado 1130 pessoas no Lobito, província de Benguela, há moradores realojados que estão a vender os terrenos para regressarem às zonas de risco.

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A informação foi divulgada pelo administrador municipal do Lobito, Alberto Ngongo, um ano depois de as fortes chuvas que atingiram a localidade terem provocado enxurradas que destruíram 375 casas, construídas em zonas de risco, de linhas de água, inundando ainda 14 escolas.

Para assinalar o 11 de Março de 2015, a administração municipal lança a primeira pedra da construção de um memorial de homenagem, em que constarão os nomes das 71 vítimas mortais, erguido precisamente onde foi encontrado, há um ano, o maior número de corpos.

Do total de desalojados, apenas cerca de 300 pessoas foram reinstaladas pela administração municipal no último ano, estando em construção a urbanização do Lobito Novo, que receberá os restantes.

"Estamos a assistir ao retorno de algumas famílias. Até ao final deste mês vamos dizer nome por nome as pessoas que já estavam reassentadas, que estão a vender os lotes e regressar às zonas de risco, porque não queremos continuar a ver morrer por teimosia", apontou Alberto Ngongo.

Os moradores alegam nomeadamente a falta de condições no espaço de realojamento. O administrador municipal acrescentou que o "período de emergência" acabou e que durante o último ano foram feitas operações de limpeza de 40 quilómetros de valas, entre outros trabalhos preventivos.

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