A informação foi divulgada pelo administrador municipal do Lobito, Alberto Ngongo, um ano depois de as fortes chuvas que atingiram a localidade terem provocado enxurradas que destruíram 375 casas, construídas em zonas de risco, de linhas de água, inundando ainda 14 escolas.
Para assinalar o 11 de Março de 2015, a administração municipal lança a primeira pedra da construção de um memorial de homenagem, em que constarão os nomes das 71 vítimas mortais, erguido precisamente onde foi encontrado, há um ano, o maior número de corpos.
Do total de desalojados, apenas cerca de 300 pessoas foram reinstaladas pela administração municipal no último ano, estando em construção a urbanização do Lobito Novo, que receberá os restantes.
"Estamos a assistir ao retorno de algumas famílias. Até ao final deste mês vamos dizer nome por nome as pessoas que já estavam reassentadas, que estão a vender os lotes e regressar às zonas de risco, porque não queremos continuar a ver morrer por teimosia", apontou Alberto Ngongo.
Os moradores alegam nomeadamente a falta de condições no espaço de realojamento. O administrador municipal acrescentou que o "período de emergência" acabou e que durante o último ano foram feitas operações de limpeza de 40 quilómetros de valas, entre outros trabalhos preventivos.