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Ministro dos Petróleos pede redução de custos para manter produção viável

O ministro dos Petróleos angolano defendeu uma reflexão profunda para a redução dos custos operacionais na produção petrolífera por parte das operadoras e de forma a compensar a queda acentuada do preço do petróleo no mercado internacional.

Marc Morrison:

Botelho de Vasconcelos falava à margem de um seminário realizado hoje em Luanda pelo Ministério dos Petróleos, a Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola (Sonangol) e operadores petrolíferos, com vista a encontrar soluções conjuntas para o momento actual.

O governante angolano sublinhou na abertura do encontro que o impacto da baixa de preço do petróleo causou ligeiro abrandamento em vários programas de exploração e obrigou à revisão de alguns projectos de desenvolvimento, sujeitando as previsões de produção a sucessivas revisões.

"Paralelamente, vimos assistindo com frequência a perdas consideráveis de produção por razões operacionais não programadas, indiciando alguma redução dos índices de eficiência operacional, o que, para nós, não deixa de ser preocupante", disse o ministro. Segundo Botelho de Vasconcelos, as operadoras têm conseguido reduzir os custos aos níveis de 25 a 30 por cento.

Durante o encontro, Botelho de Vasconcelos disse que foi apresentado um caso de estudo em que a utilização de mergulhadores, aliado à nova tecnologia permitiu obter custos bastante reduzidos. "Neste momento utilizam-se mergulhadores, vai é dar-se um passo subsequente, utilizando novas tecnologias e utilizando de facto menos mergulhadores iremos reduzir substancialmente os custos, por exemplo de seis milhões o custo de mergulhadores com essa nova tecnologia conseguiu-se reduzir até 2,4 milhões", disse o governante.

O titular da pasta dos Petróleos disse ainda que há cerca de três meses foram aprovados em Conselho de Ministros dois decretos para a exploração em áreas de desenvolvimento e o princípio da tolerância e flexibilidade contratual, que estabelecem os procedimentos e incentivos para adequação dos termos contratuais aplicáveis às concessões onde corram descobertas marginais.

Em declarações à imprensa, Joaquim Santos, director da Arani & Siri, empresa promotora do evento, disse que o encontro visou analisar-se medidas, algumas já em execução em outros países, que se pretende trazer ao sector petrolífero angolano.

"São modernismos vários que nos permitam em conjunto ultrapassar este momento difícil. A eficiência da produção pode ser atingida em conjunto com partilha de plataformas, partilha de meios. Ainda hoje fomos informados por um dos operadores locais, um dos maiores do sector, que até há bem pouco tempo tinham seis helicópteros à sua disposição, hoje tem dois e meio, porque partilham com outro operador", explicou.

"Há uma serie de pequenas, grandes medidas que podem ser adoptadas, que podem fazer baixar enormemente os custos de produção que nós temos, isto é um dos mecanismos que entendemos possível para se ultrapassar a crise", frisou.

Uma das intenções do encontro, segundo Joaquim Santos, é criar-se um grupo de trabalho entre operadores, Ministério dos Petróleos e Sonangol, que vai procurar mecanismos para se atingir a eficiência na produção em tempos de crise.

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