Em comunicado enviado hoje à Lusa, em Luanda, a Eni explica que esta tecnologia já foi testada "com sucesso" em vários ambientes marinhos, consistindo num veículo subaquático com vários sensores integrados, nomeadamente à qualidade da água nas áreas de produção petrolífera, sendo capaz de alterar a missão em tempo real em função dos resultados obtidos e assim "minimizando os custos".
A petrolífera adianta que serão instaladas duas bases logísticas deste projecto, uma em Angola, para a África Ocidental, e outra na Sicília, Itália, para assegurar operações na região mediterrânica, ainda no primeiro trimestre de 2016.
De acordo com a Eni, o "Clean Sea", que resultou da investigação e desenvolvimento da própria multinacional, garante uma "melhor protecção do meio marinho", optimizando a qualidade e quantidade de dados monitorizados, podendo ser operado a partir de navios de abastecimento convencionais.
Não foram adiantados os valores deste investimento por parte da petrolífera italiana, que terá a sua estreia em África.
Presente em Angola desde 1980, a Eni garante a produção diária, no país, de mais de 100 mil barris de crude, estando ainda envolvida em projectos em fase de desenvolvimento no ‘offshore' angolano.
Angola é o segundo maior produtor de petróleo na África subsaariana, a seguir à Nigéria, tendo atingido em 2015 a marca dos 1,8 milhões de barris por dia.