Segundo o coordenador-adjunto da comissão provincial do Serviço de Protecção Civil e Bombeiros, subcomissário José Catraio, as buscas continuam, salientando que mais de 30 pessoas continuam desaparecidas.
O mesmo responsável referiu que o corpo de bombeiros apelou às pessoas que tenham familiares desaparecidos para alertarem as autoridades, a fim de que seja intensificado o trabalho de buscas.
As enxurradas ocorreram entre as 11h00 e as 20h00 de Segunda-feira, tendo provocado o aumento do caudal do Rio Capitão, no bairro do Tchioko, arredores da cidade do Lubango, onde se situava um mercado paralelo, muito frequentado por jovens e crianças que se dedicam à lavagem de viaturas.
"As pessoas que estavam na margem acabaram por ser arrastadas, maioritariamente crianças. Ainda temos cerca de 30 pessoas desaparecidas, segundo os relatos das famílias", informou à Lusa o porta-voz do Serviço Nacional de Proteção Civil e Bombeiros, Faustino Sebastião.
José Eduardo dos Santos consternado
A situação que se vive no Lubango levou o Presidente de Angola, José Eduardo dos Santos, a manifestar profunda consternação pela morte de cerca de duas dezenas de habitantes do bairro do Tchiko, arredores da cidade do Lubango, na consequência de intensas chuvas.
Numa nota, o Chefe de Estado angolano exprimiu a sua solidariedade para com as famílias enlutadas e vítimas desta calamidade natural.
De referir que as vítimas mortais, que vão hoje a enterrar, são na sua maioria crianças que se encontravam na altura na praça do Tchioko e tentaram voltar para casa devido à intensidade das chuvas, tendo sido arrastadas pela força das águas, contaram algumas testemunhas.