Luís Campos Ferreira frisou que o programa tem essas duas valências que o diferenciam do anterior, nomeadamente a assistência técnica, uma forma de consultoria, de apoio aos programas curriculares de Angola, e a formação profissional, factor chave para o crescimento económico e criação de emprego. "Estamos convictos que estamos perante um programa que vai ter um impacto muito real no dia-a-dia das pessoas, fundamental no crescimento de Angola e é uma aposta muito forte da cooperação portuguesa e também do Ministério da Educação de Angola pois trata-se do maior programa de cooperação português em Angola e um dos três maiores programas de cooperação portuguesa em termos de volume de investimento", disse o Secretário de Estado português.
Por sua vez, o ministro da Educação de Angola sublinhou que a cooperação já existe numa área importante da formação de professores, com o Programa "Saber Mais", implementado em três províncias angolanas. Segundo Mpinda Simão, a perspetiva é alargar o projecto e a crise económica que Angola atravessa, com a baixa do preço do barril do petróleo, não será factor de impedimento para a sua extensão. "Da parte portuguesa há uma disponibilidade, que está em vista, que vai ajudar este programa. Naquilo que nos compete, os recursos estão programados para a implementação desse projecto. Apesar da redução e da contenção de recursos no orçamento atribuído ao sector da educação a área da formação é priorizada", afirmou.
Mpinda Simão adiantou que o programa "Saber Mais", actualmente com 26 professores portugueses pode ser alargado a outras províncias, nomeadamente Huíla ou Malanje. O governante angolano destacou a importância da nova valência introduzida no projecto, nomeadamente a assistência técnica, mais concretamente no reforço da gestão do sistema, com componentes ligadas à estatística, supervisão e inspecção escolar.