Segundo um comunicado do Ministério da Saúde, a que o VerAngola teve acesso, a deslocação da delegação da EMS a Angola serve para fazer uma avaliação das condições para a implementação de uma indústria farmacêutica.
"Uma delegação da empresa brasileira EMS, líder na produção de medicamentos genéricos, encontra-se em Angola para avaliar as condições para implementar uma indústria farmacêutica", lê-se na nota.
Nesse sentido, a comitiva do Brasil foi recebida, esta Quarta-feira, em Luanda, pela titular da pasta da Saúde, Sílvia Lutucuta.
"A visita surge na sequência da audiência concedida pelo Presidente da República, João Lourenço, à margem do G20, ao Conselho de Administração da empresa EMS que conta com grande mercado em quatro continentes", aponta ainda a tutela.
Na ocasião, Ricardo Max, representante da EMS em Angola, considerou que o projecto trará vantagens para Angola tanto no que respeita ao fornecimento interno de medicamentos, como na geração de postos de trabalho e no fortalecimento do sector industrial.
"Encontramos em Angola um parceiro ideal para dar continuidade à nossa internacionalização, pois estamos aqui com as portas abertas e com um diálogo com o Executivo para identificarmos a melhor forma de implementar este projecto", considerou o responsável.
Citado pelo Jornal de Angola, o representante da EMS em Angola destacou a experiência da empresa, assegurando a fabricação de medicamentos com altos padrões de qualidade, de acordo com as normas internacional, acrescentando que há possibilidade de inovação e criação de soluções adequadas às exigências do mercado de Angola.
Por sua vez, Sílvia Lutucuta mencionou os investimentos que têm vindo a ser realizados pelo Executivo para melhorar a infra-estrutura hospitalar, formar profissionais e reforçar a logística de distribuição de medicamentos, reconhecendo, por outro lado, o facto de ser preciso produzir medicamentos localmente.
"A instalação de uma indústria farmacêutica em Angola vai permitir garantir maior autonomia para a produção de medicamentos essenciais, reduzir custos de importação e, sobretudo, assegurar uma resposta mais célere às necessidades da população", referiu, citada pelo Jornal de Angola.
O interesse da EMS em instalar-se em Angola não é novidade, já que em Dezembro do ano passado o Ministério da Saúde informou que a empresa brasileira tinha manifestado "vontade de trabalhar com o Governo angolano para serem avaliadas condições de investimento e consequente estabelecimento da primeira operação no continente africano".
Nesse sentido, Sílvia Lutucuta encabeçou, de 9 a 11 de Dezembro de 2024, uma delegação que realizou uma visita de trabalho ao Brasil.