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Cólera: campanha com um milhão de vacinas vai tentar travar surto que já matou 59 pessoas

Angola inicia esta Segunda-feira uma campanha de vacinação contra a cólera com início nas três províncias mais afectadas (Luanda, Bengo e Icolo e Bengo), tendo sido adquiridas cerca de um milhão de vacinas, anunciou o Ministério da Saúde.

: Jekesai Njikizana
Jekesai Njikizana  

Desde o inicio do surto, a 7 de Janeiro, foram registados no país 1584 casos e 59 mortes devido à doença, que atinge actualmente oito províncias (Luanda, Bengo, Icolo e Bengo, Cuanza-Norte, Huambo, Huíla, Malanje e Zaire), de acordo com um comunicado do ministério.

Segundo a ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, citada pelo Jornal de Angola, devido ao reduzido stock de vacinas contra a cólera no mundo, a campanha será implementada apenas nos grandes epicentros da epidemia.

No dia 20 de Janeiro, Angola recebeu 948.466 doses de vacinas que fazem parte do stock mundial de reserva da Organização Mundial da Saúde (OMS) para resposta a surtos epidémicos de cólera.

Sílvia Lutucuta adiantou que existem em reserva oito milhões de doses e para Angola foi disponibilizado menos de um milhão de doses, tendo as comunidades a vacinar sido seleccionadas “com base nos critérios epidemiológicos”.

O ministério mobilizou para a campanha 6104 pessoas, entre vacinadores, mobilizadores, registadores, supervisores e pessoal local que serão apoiados por elementos dos órgãos de defesa e segurança.

A vacina para o combate à cólera em Angola tem o nome comercial de Euvichol e é fornecida em frascos para ser administrada a pessoas com idade igual ou superior a um ano por via oral em dose única.

Segundo a ministra da Saúde, a vacina garante a protecção da comunidade afectada e, consequentemente, a interrupção da transmissão da doença com uma eficácia de até 80 por cento.

Para combater a doença, o Ministério da Saúde traçou outras medidas de contingência, como acesso à água potável, segurança e higiene dos alimentos, saneamento e higiene ambiental, vigilância epidemiológica activa, comunicação de risco e envolvimento das comunidades.

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