Segundo um comunicado da Presidência da República, a que o VerAngola teve acesso, a eleição decorreu na capital da Etiópia.
"A primeira-dama da República de Angola, Ana Dias Lourenço, é, desde ontem [Sábado], a vice-Presidente da Organização das Primeiras Damas Africanas para o Desenvolvimento (OAFLAD), após ser eleita durante os trabalhos da 29.ª Assembleia Geral Ordinária da Organização", que decorreu em Adis Abeba (Etiópia) e terminou este Domingo, refere o comunicado.
"Fátima Maada Bio, primeira-dama da Serra Leoa, é a Presidente da OAFLAD", igualmente eleita no Sábado.
A eleição de Ana Dias Lourenço "para a nova liderança da OAFLAD reforça o compromisso de Angola com a promoção dos direitos das mulheres e o desenvolvimento do continente africano".
Já no Domingo – segundo e último dia da 29.ª Assembleia Geral Ordinária da OAFLAD, decorrida à margem da 38.ª Cimeira dos Chefes de Estado e de Governo da União Africana –, Ana Dias Lourenço realçou a "importância da liderança feminina e da solidariedade africana para a construção de um futuro mais justo e igualitário".
Na ocasião, a primeira-dama da República "destacou ser essencial a união das mulheres do continente, para a criação de uma rede de apoio e de mobilização para o fim dos conflitos e busca de uma paz duradoura, enquanto elo que concorre para um futuro harmonioso, progresso, empoderamento económico e social das gerações vindouras, em particular das mulheres e meninas", refere um outro comunicado da Presidência a que o VerAngola teve acesso.
Durante o seu discurso, Ana Dias Lourenço "partilhou as suas experiências", sublinhando "os resultados alcançados com a realização da Campanha 'Somos todos iguais', lançada em Agosto de 2024, sob o lema 'Educação para a igualdade de género e a luta contra a violência infanto-juvenil'".
"Seis meses após a divulgação do Plano de Acção da Campanha 'Somos Todos Iguais', para a mobilização da sociedade em geral, incluindo importantes actores como igrejas, universidades, organizações da sociedade civil e órgãos ministeriais, assim como parceiros das Nações Unidas residentes em Angola, tal como prevíamos, houve um aumento significativo na consciencialização dos cidadãos quanto à denúncia de casos de abuso e violência sexual contra crianças e jovens, em particular as meninas, o que consequentemente reduziu o estigma e a discriminação", referiu a recém-eleita vice-presidente da OAFLAD, citada na nota.