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Delegação angolana na África do Sul foi ver como se exploram diamantes no mar

O Ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás e a delegação que o acompanha na Africa do Sul visitaram a a multinacional de diamantes De Beers, que mostrou em primeira mão o processo de exploração de diamantes no mar que tem vindo a desenvolver.

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Durante a visita guiada, os responsáveis angolanos tiveram a oportunidade de conhecer os processos da empresa, compreender as vantagens da exploração de diamantes no mar e os seus desafios, assim como a tecnologia inovadora usada pela De Beers, quer para a prospecção, quer para a extracção de diamantes neste ambiente, refere um comunicado do ministério a que o VerAngola teve acesso.
 
“É sempre uma oportunidade para nos apercebermos como as coisas são feitas, as vantagens e desvantagens, e continuarmos a estudar a possibilidade de darmos passos que nos levem [um dia] a explorar os nossos recursos mineiros offshore", comentou o ministro Diamantino Azevedo, que se fez acompanhar de executivos da ANRM, Endiama e Sodiam.
 
Recorde-se que o ministro e a sua comitiva estão na África do Sul a participar na 31.ª edição do Mining Indaga, que termina esta Quinta-feira. 
 
Diamantino Azevedo afirmou que, a partir desta conferência, o sector que dirige tem conseguido atrair investimento para o país e encontrar quase todas as empresas mundiais, bem como instituições financeiras, com as quais se tem reunido para "apresentar Angola" e convidar a investir no país. "Temos também aproveitado para realizar encontros intergovernamentais", acrescentou.
 
Destacou ainda o Fórum de Negócios, realizado no passado dia 4, que contou com cerca de 400 convidados e no qual foi apresentado o status do sector mineiro e projectos que têm demonstrado resultados como o da De Beers, AngloAmerica, Rio Tinto e Ivanhoe Mines, “grandes empresas” que estão a fazer a prospecção de diversos minerais, como minerais básicos e minerais críticos para a transição energética, o que considerou "muito importante, porque o mundo todo da mineração fica a saber o que está a acontecer em Angola".
 
Das apresentações feitas, Diamantino Azevedo fez menção ao projecto de terras raras, que está a ser implementado no Longonjo, e  a outro de lítio [mineral importante para a transição energética], bem como dos encontros interministeriais, onde foi discutida a situação do sector mineiro de África.
 
Também foram apresentados projectos que irão arrancar em breve, como é o caso de um projecto de cobre no Uíge, que deverá estar prestes a entrar em produção, e de nióbio na Huila. "São dois minerais que Angola ainda não produz e, se tudo correr bem, esperamos em breve ter em produção", afirmou o ministro.
 
Outro registo que foi mencionado por Diamantino Azevedo foram os trabalhos bilaterais, com representantes do governo da Índia, do Reino Unido, de França, com o Instituto Geológico da Alemanha e com a homóloga do Botsuana, com quem foi abordada a cooperação entre os dois países a nível da indústria mineira e analisada "em profundidade" a situação da indústria diamantífera, que atravessa um momento crítico.
 
"Têm sido dias de trabalho intenso, mas que nos dão alegria", concluiu o ministro dos Recursos Minerais.

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