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Representante da FAO assegura que produção nacional garante alimento para todo o território

Angola tem uma produção nacional capaz de garantir alimentos para todo o território, com 80 por cento dos alimentos a serem gerados pela agricultura familiar, garantiu a representante da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) em Angola, Gherda Barreto Cajina.

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A responsável da ONU falava à imprensa depois de uma audiência que manteve com a vice-Presidente da República, Esperança da Costa, esta Quinta-feira, assinalando o final da sua missão de cinco anos em Angola.

Para Gherda Cajina, o conjunto de políticas que estão a ser actualizadas, nomeadamente o Plano de Desenvolvimento Nacional (PDN), o reforço das escolas de campo e outros investimentos, vão favorecer a produção nacional e confirmar a ideia de que são os agricultores familiares que alimentam Angola.

"Oitenta por cento dos alimentos são gerados pela agricultura familiar e as condições estão criadas. É um conjunto de políticas que estão a ser actualizadas para poder garantir essa soberania alimentar que o país precisa e também os desafios globais (...), para que o país avance decididamente", acrescentou.

A responsável fez ainda um balanço positivo dos últimos cinco anos de actuação técnica da FAO em Angola, sobretudo no processo de aceleração do plano de agricultura familiar, que resultou na decisão da primeira política para este segmento no país.

Referiu também como pertinente a criação de uma estratégia do mar, assim como do plano que está a ser consolidado para formação no domínio da pesca não regulamentada.

Durante o seu mandato, a FAO desenvolveu três inovações, designadamente "Otchitanda", para acelerar o agro-processamento de pequena escala, "Chitaka", para a população que vive em áreas afectadas pela seca obterem alimentação em tempo mais rápido e com maior sustentabilidade, e as "Escolas de Mar e Terra do Namibe".

"Com a liderança da Vvce-Presidente e agora com a ministra das Pescas, este modelo de Escola do Mar inovador vai-se expandir ao longo do litoral do país com outros parceiros e sempre com acompanhamento técnico da FAO", realçou, em comunicado a que o VerAngola teve acesso.

Sobre a agenda da mulher rural, a FAO acompanhou o tema da revisão do acesso ao financiamento das mulheres, no âmbito do FADA (Fundo de Apoio ao Desenvolvimento Agrário) e de outros mecanismos financeiros para fortalecer a capacidade de quase 60 por cento das mulheres dedicadas à agricultura.

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