Os problemas de saúde da jovem natural do Bié começaram quando ainda era muito nova, por volta dos seis anos. As dificuldades em abrir a boca, comer e falar foram causados, segundo a Angop, por uma extracção dentária que correu mal.
No entanto, a cirurgia veio devolver a Celestina "alegria e comunicação". Durante aproximadamente três horas, a jovem esteve a ser operada pelas mãos de Agnelo Lucamba, cirurgião de maxilo-facial.
"Esta paciente estava nesta condição há 10 anos, com imensas dificuldades para abrir a boca, falar e comer, mas nós conseguimos devolver a alegria e a comunicação da menina", afirmou o médico, citado pela Angop.
O cirurgião, que considerou que esta situação poderia ter sido evitada se a infecção tivesse sido devidamente tratada no início, falou ainda sobre o estado da paciente, afirmando que está lúcida e a apresentar melhorias.
Agora, o próximo passo para Celestina Nguevela é a fisioterapia, no sentido de se garantir que não existe redução na abertura da boca.
A jovem diz ter ganho mais auto-estima e confiança. "Ganhei mais auto-estima, ganhei mais confiança. Na escola, perante os colegas, no meio social, já me posso alimentar normalmente", afirmou, citada pela Televisão Pública de Angola (TPA).
A equipa cirúrgica foi composta por duas dezenas de especialistas, entre técnicos de enfermagem, anestesiologistas, médicos de cirurgia de maxilo facial e maqueiros.
Citado pela Angop, o médico disse que em 2023 se concretizaram mais de 1000 operações complexas no campo de maxilo facial, sendo que actualmente mais de 200 pacientes se encontram em lista de espera para esta operação.