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Gomes Cravinho: presidência de Angola da UA interessa a Portugal

O chefe da diplomacia portuguesa, João Gomes Cravinho, manifestou-se satisfeito com a possibilidade de Angola vir a assumir a presidência da União Africana em 2025.

: Facebook Ministério dos Negócios Estrangeiros de Portugal
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"Sim, para nós é evidente que interessa, porque Angola tem assumido algum protagonismo em matéria de paz e segurança no continente africano. É um país que é prestigiado no continente africano e no ano de 2025 caberá à região da África Austral assumir essa responsabilidade e penso que Angola está muito bem posicionada", disse Gomes Cravinho.

O governante português falava à Lusa no final de uma ronda de reuniões de trabalho com os seus homólogos dos países africanos de língua oficial portuguesa e ainda com o do Senegal.

João Gomes Cravinho vincou que a eventual presidência da UA por Angola interessa a Portugal.

"Naturalmente que isso abre portas também para vários elementos que interessam também a Portugal, nomeadamente ao reforço da relação entre a CPLP [Comunidades dos Países de Língua Portuguesa] e a União Africana, o reforço da língua portuguesa e a União Africana, que foi um dos temas presentes também em várias das minhas conversas", disse.

"E ficamos sempre muito satisfeitos quando um país irmão assume grandes responsabilidades internacionais", concluiu.

O ministro das Relações Exteriores, Téte António, afirmou, em Janeiro, que Angola é candidata a assumir em 2025 a presidência da União Africana e o assento no Conselho de Paz e Segurança, sendo esse um foco da sua actuação este ano.

A actual presidência da União Africana (UA) é desempenhada pelas Comores e termina agora, com Argélia e Marrocos a aspirarem a deter em 2024 a presidência rotativa da organização continental, decisão que deverá ser tomada na cimeira que decorre este fim-de-semana.

João Gomes Cravinho deixou esta Quinta-feira Adis Abeba, onde durante dois dias manteve contactos institucionais e bilaterais e, esta Quinta-feira, participou no Diálogo Político de Alto Nível sobre Governança dos Oceanos e a Economia Azul, um evento co-patrocinado por Portugal, Africa-Europe Foundation e os governos das Comores, país insular que preside actualmente à UA, e das Seicheles, e que teve o apoio da Comissão da União Africana.

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