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Vera Daves diz que despesas que violam regras orçamentais são “só sarna” para futuro do país

A ministra das Finanças salientou esta Quinta-feira que é imperioso que cada despesa paga pelo Estado observe os preceitos legais e que tudo o que não respeite o percurso orçamental "é só sarna” para o futuro.

: Facebook Ministério das Finanças de Angola
Facebook Ministério das Finanças de Angola  

Dirigindo-se esta Quinta-feira a quadros das instituições estatais e do Ministério das Finanças, durante um seminário sobre as regras de execução do Orçamento Geral do Estado (OGE) para 2024, Vera Daves de Sousa, afirmou que a melhoria da qualidade da execução orçamental é uma "preocupação de todo executivo" e apelou a uma "gestão responsável".

"Espera-se que os gestores respeitem e apliquem, com rigor, os preceitos legais estabelecidos", frisou a responsável da pasta das Finanças, realçando que a execução da despesa deve observar sucessivamente as etapas de cabimentação, liquidação e pagamento.

Vera Daves de Sousa considerou imperioso garantir que nenhuma despesa seja autorizada ou paga sem observar os preceitos legais estabelecidos.

"Tudo o que se faça sem respeitar esse ritual ou esse circuito é só sarna que estamos a arranjar para nos coçar lá à frente (...), credores irritados, pressão, dividas, certificação, aquele 'nightmare' [pesadelo] que conhecemos", prosseguiu a ministra, incentivando veementemente a que tudo seja feito para o evitar.

A ministra salientou que 2023 foi um ano "desafiante para as finanças públicas", devido à redução da arrecadação de receitas, que obrigou a medidas de contingência incluindo a cativação de despesas para evitar a "insustentabilidade das finanças públicas".

Para 2024, continuou, ainda existem desafios, mas espera "retomar a dinâmica de regular a ininterrupta execução do OGE com todo o rigor que se impõe".

Sobre o actual OGE, realçou que respeita, "de forma ainda mais firme", os princípios essenciais que norteiam acção governativa, em particular "a legalidade, o interesse público, a parcimónia e a transparência" sob pena de ameaçar a estabilidade macroeconómica e disciplina fiscal, alem de pôr em causa a integridade do sistema de gestão das finanças públicas e minar a confiança na gestão dos recursos públicos.

"A execução orçamental tem de ser eficaz e eficiente do lado da receita e da despesa para manter integridade do processo", acrescentou, sublinhando que se deve traduzir em ganhos concretos para a vida dos cidadãos e que "cada kwanza seja aplicado com transparência e sem desvios nos fins a que se destina".

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