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Combater a inflação é uma das prioridades do sector para este ano, diz Vera Daves

A ministra das Finanças, Vera Daves, apontou o combate à inflação como uma das prioridades do sector por si tutelado para este ano. A consideração foi feita pela ministra quando discursava na abertura do XIII Conselho Consultivo do ministério, que teve lugar em Moçâmedes, na província do Namibe, subordinado ao lema “A Excelência Rima com a Integridade”.

: Facebook Ministério das Finanças de Angola
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"Gostaria também de dirigir uma palavra sobre os desafios que esse ano de 2024 nos reserva. Estes desafios decorrem, principalmente, do contexto internacional, do qual nós somos alheios, desafios geopolíticos, combate à inflação e tudo o que vem em função disso", afirmou, acrescentando que isso "colocou na agenda das autoridades monetárias, e o Banco Nacional de Angola não é excepção, o combate à inflação".

Na sua intervenção, a ministra referiu que o conselho "tem como objectivo analisar com objectividade, distanciamento e tecnicidade os seus principais temas" em que estão a trabalhar.

Citada num comunicado da tutela, a que o VerAngola teve acesso, a ministra apelou aos profissionais do sector a que estejam disponíveis para partilhar informações com o público: "Apelo a todos para não deixarmos o vazio por preencher e sermos proactivos e disponíveis para partilhar essa informação".

"Devemos continuar a focar-nos nas nossas pessoas, para que o resultado do seu trabalho produza efeitos na vida das comunidades. A ética e o rigor devem pautar-nos em todos os momentos da nossa acção, dentro e fora do ministério", disse Vera Daves, acrescentando: "É também por isso que a integridade é uma palavra-chave desse conselho e devemos assegurar que o nosso trabalho é integro, processos auditáveis e os nossos serviços melhores e detectar actos passiveis de responsabilização".

Na ocasião, a ministra considerou ainda que devem ter "sistemas e processos a funcionar".

"Não temos de esperar que alguém nos diga que algo não está a correr bem na nossa casa. Temos de ter sistemas e processos a funcionar, monitoráveis e assim responsabilizar erros", apontou, recordando: "A nossa missão é servir".

No seu discurso, a governante disse ainda que no ano passado não foram ao mercado financeiro internacional, sendo que vão continuar a "ser vigilantes e criteriosos nas opções do Estado".

"Há um debate sempre em torno da dívida, mas a dívida de per si não é má. Temos de assegurar que ela é gerível com taxas comportáveis. Esse é o trabalho que temos assegurado e mais ambicioso nas condições a obter. Isso nos ajudará na definição das escolhas", acrescentou.

Já Archer Mangueira, governador provincial do Namibe, que também discursou na abertura do conselho consultivo, disse estarem cientes "da necessidade de uma melhor, mas efectiva e mais justa arrecadação de receitas".

"Estamos bem conscientes da necessidade de uma melhor, mais efectiva e mais justa arrecadação de receitas. Todos quantos hoje nos visitam, encontraram evidencias do esforço em converter a despesa em ganhos para a população e a melhoria da sua qualidade de vida. Essa transformação poderá ser mais efectiva se podermos contribuir no domínio da receita", disse, citado no comunicado.

"O Governo Provincial definiu também como prioridade a dinamização da actividade económica mormente as pescas, indústria e turismo, sectores sobre os quais Fundo Garantia de Crédito constitui um pilar importante para atingirmos esse desiderato", acrescentou Archer Mangueira.

O Conselho Consultivo decorreu no passado fim-de-semana, dias 27 e 28 de Janeiro, tendo abordado diversos temas como a ética e o compliance na Administração Pública, a comunicação e boa governação, assim como os desafios da Programação Financeira do Tesouro, entre outros.

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