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BMI antecipa moeda a desvalorizar para 900 kwanzas por dólar este ano

A consultora BMI Research prevê que a moeda de Angola mantenha a cotação actual de 830 kwanzas por dólar, mas desvalorize para perto de 900 kwanzas até ao final do ano, valendo, na média anual, 853.

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"Prevemos que o Banco Nacional de Angola vá manter o kwanza estável, à volta dos 830 por dólar durante o primeiro semestre deste ano, devido aos receios sobre a crescente inflação", escrevem os analistas da BMI Research.

Com a inflação a dever recomeçar a descer no segundo semestre do ano, os analistas desta consultora detida pelos mesmos donos da agência de notação financeira Fitch Ratings estimam "que o BNA deixe a moeda nacional de Angola desvalorizar-se gradualmente para 900 kwanzas por dólar até final do ano, dando uma média anual de 853 kwanzas por dólar".

Na análise sobre a evolução do kwanza, enviada aos investidores e a que a Lusa teve acesso, a BMI Research diz que não antevê que a taxa informal de 1000 kwanzas por dólar seja ultrapassada.

"Depois de uma moratória de três anos, os pagamentos da dívida aos credores chinesas recomeçaram em 2023, o que, juntamente com a queda das receitas petrolíferas, reduziu a oferta de moeda estrangeira em Angola; como resultado, o kwanza desvalorizou-se fortemente face à sobrevalorização de 510 kwanzas por dólar em meados de Maio, para 825 por dólar no final de Junho", explicam os analistas.

Desde o início do segundo semestre de 2023, "o Banco Nacional de Angola tem limitado a troca de moeda estrangeira, e os bancos têm reportado dificuldades em comprar dólares fora de uma margem cambial cada vez mais estreita", acrescentam, notando que apesar de criar dificuldades no acesso aos dólares e causar atrasos nos pagamentos, estas medidas têm permitido que o kwanza continue estável, entre 828 e 832 kwanzas por dólar".

Para 2025, a previsão é que a moeda de Angola desvalorize um pouco mais, para 927 kwanzas por dólar, com a inflação a descer de 17,5 por cento em 2023, para 15 por cento no final de 2024, e para 12,3 por cento no final do próximo ano.

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