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País vai emitir títulos de dívida no mercado internacional

O secretário de Estado para as Finanças e Tesouro, Ottoniel dos Santos, anunciou que o país está a preparar a emissão de títulos de dívida no mercado internacional no sentido de atrair capitais para o financiamento de projectos de impacto ambiental positivo.

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Citado numa nota do Governo, a que o VerAngola teve acesso, Ottoniel dos Santos – que falava por ocasião da Cimeira Mundial de Governos 2023, que chegou ao fim esta Quarta-feira, no Dubai (Emirados Árabes Unidos) – referiu que esta medida permitirá, de modo mais objectivo, alcançar os "Objectivos do Desenvolvimento Sustentável e uma melhor captação de poupanças internacionais a um custo muito mais baixo".

"A nível das finanças públicas, estamos a aprovar um 'framework' que nos permitirá fazer emissão de dívidas verdes, sustentável, ligadas, de facto, a todos esses factores e procurando encontrar um mecanismo que não onere e não faça mal ao ambiente", destacou o governante, que fez parte da delegação nacional que participou no certame.

O secretário de Estado para as Finanças e Tesouro disse ainda que, "a nível material e financeiro, o país está preparado para os desafios a que se propõe", tendo realçado os projectos que o Governo tem voltados para a transição energética.

A emissão de dívida sustentável, acrescenta o comunicado, possibilitará que "esses projectos possam ser financiados de uma forma mais barata e mais amiga do ambiente".

Ottoniel dos Santos disse igualmente julgarem que, "com este binómio", terão condições para alcançarem os objectivos e captarem "o interesse e o apoio daqueles investidores nacionais, e principalmente internacionais": "Pensamos nós que, com este binómio, teremos condições, de facto, para atingirmos os objectivos e captar o interesse e o apoio daqueles investidores nacionais, e principalmente internacionais, que estão muito preocupados com matérias de sustentabilidade", indicou, citado na nota.

O responsável também salientou que, da perspectiva das finanças públicas, em relação às alterações climáticas e à transição energética, o processo ocorre "de forma paulatina, mas muito segura".

"Para o secretário de Estado, países como Angola, com uma grande força no que diz respeito ao crescimento do PIB, não devem cessar de forma abrupta este movimento, mas seguir passo a passo", lê-se no comunicado.

No evento, que teve duração de três dias, foram discutidos diversos temas, tais como a "transição energética, mudanças climáticas, o papel das tecnologias e transformação digital, mobilidade, ordenamento das cidades e os desafios da globalização", refere o comunicado.

 

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