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Reservas Internacionais Líquidas avaliadas em 14.5 mil milhões no ano passado

O vice-governador do Banco Nacional de Angola (BNA), Tiago Manuel Dias, fez saber que encerraram o ano passado com Reservas Internacionais Líquidas à volta dos 14.5 mil milhões de dólares.

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"Em termos de reservas internacionais nós terminamos o ano de 2022 com reservas internacionais à volta dos 14.5 mil milhões de dólares", disse o responsável, que falava esta Sexta-feira, à margem de um encontro de negócios com empresários nacionais, organizado pela Agência de Investimento Privado e Promoção das Exportações de Angola (AIPEX).

O responsável avançou ainda que estas reservas permitiram uma "cobertura em termos de meses de importação ligeiramente acima dos seis por cento, o que no fundo acaba por ser um indicador positivo, porque organizações internacionais, como o Fundo Monetário Internacional, recomendam um nível de cobertura mínimo de três meses", acrescentando que "em termos de convergência, a nível da SADC o que se recomenda é um nível de cobertura mínimo de seis meses e nós estivemos ligeiramente acima dos seis meses".

Na sua intervenção, o vice-governador do BNA referiu igualmente que a conta corrente da balança de pagamentos sinalizou "desempenho extremamente positivo nos últimos cinco anos, uma vez que nós registamos superávites", o que acabam por impactar positivamente na balança global.

"Realçar o superávite registado em 2022 que foi de 18 por cento do PIB contra 12 por cento no ano anterior", adiantou.

Isto, avançou, acaba por ter um "impacto positivo sobre o próprio mercado cambial, uma vez que ele reflecte uma maior disponibilidade de moeda estrangeira", disse, acrescentando que tiveram, "no cômputo geral, do ano de 2022 foi uma apreciação da taxa de câmbio".

"Nós no início do ano, principalmente no primeiro trimestre, nós tivemos uma oferta de moeda estrangeira acima da procura, isso permitiu uma forte apreciação da taxa de câmbio, apreciação esta que se manteve ao longo do ano de 2022 e, em Outubro, por força de uma redução da oferta, nós tivemos uma depreciação da taxa de câmbio, mas ainda assim no cômputo geral nós tivemos em 2022 uma apreciação da moeda nacional na ordem dos 10 por cento", acrescentou o responsável.

Ainda sobre a apreciação, explicou que esta "não foi maior porque, tendo em conta aquilo que eram os objectivos da política monetária, o Banco Nacional praticamente não fez intervenções no sentido de suportar a taxa de câmbio", porque entenderam que já têm "um mercado cambial a funcionar com normalidade", deixando que as "forças de mercado através da interacção entre a procura e a oferta de moeda estrangeira acabem por determinar o preço".

Reiterou ainda que o BNA perspectiva que a economia cresça 3.3 por cento em 2023 e relativamente à inflação caia para entre nove e 11 por cento este ano: "Nós, BNA estamos a perspectivar que a economia cresça 3.3 por cento no ano de 2023 e em termos de inflação a nossa perspectiva é que a inflação volte a cair para se situar entre 9 e 11 por cento em 2023".

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