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Preço dos materiais de construção sofreu um aumento de cerca de 20 por cento no ano passado

O preço dos materiais de construção sofreu um aumento de cerca de 20 por cento no ano passado, de acordo com dados do Índice de Preços dos Materiais de Construção (IPMC) divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Os resultados revelam ainda que a lista de materiais que registaram uma maior inflação é liderada pelas madeiras e contraplacados, com um aumento na ordem dos 28,5 por cento.

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De acordo com o IPMC, citado pelo Expansão, entre Dezembro de 2020 e Dezembro de 2021, o valor dos materiais de construção aumentou 19,9 por cento.

O maior crescimento dos preços verificou-se nas madeiras e contraplacados (28,5 por cento), seguidas pelas vigas, vigotas e ripas (26,7 por cento), outros produtos sintéticos (26,4 por cento) e alumínios (26 por cento).

No mesmo período, segundo contas feitas pelo Expansão, os dados apontam para uma inflação dos valores que deixou uma referência de 136,5 no final de 2020, para cerca de 163,6 por cento no ano passado.

Dados do INE revelam ainda que as vendas destes materiais subiram 1,9 por cento em Dezembro comparativamente ao mês anterior.

As empresas do sector, de acordo com o Expansão, consideram que o aumento da procura no mercado é um dos motivos que justificam a inflação do preço dos produtos, o que tem originado uma pequena escassez destes materiais.

A aplicação do Programa Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM) tem causado estimulado o sector. Perante este cenário, os operadores prevêem uma recuperação do panorama económico, apesar de ainda continuar a haver questões de escassez de encomendas por causa da reduzida despesa pública.

Conforme uma avaliação da Associação dos Empreiteiros da Construção Civil e Obras Públicas de Angola (AECCOPA) o mercado está desequilibrado e existem cada vez menos fornecedores destes materiais, sendo que os poucos que ainda se mantém de pé aproveitam para elevar os preços, apertados pela desvalorização cambial e aumento das exportações para os países do continente.

Citada pelo Expansão, a AECCOPA considera que os aumentos espelham a carência de controlo neste mercado desde o princípio da crise económica no país.

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