Gilberto Veríssimo, embaixador e presidente da Comissão da Comunidade Económica dos Estados da África Central (CEEAC), afirmou que a Bienal da Paz de Luanda deste ano vai servir para Angola partilhar a sua experiência de paz.
"A ideia é que essa Bienal de Luanda não seja um acto pontual, que se realiza a cada dois anos em Setembro, mas que seja algo que se perenize no tempo e Setembro seja então somente o ponto alto da bienal", afirmou.
O responsável, citado pela Rádio Nacional de Angola (RNA), fez ainda saber que a CEEAC está a trabalhar nesse quadro, no sentido de "fazer com que Angola partilhe a sua experiência de paz, que é única na região, com os outros povos da região".
"Achamos que a bienal é exactamente um instrumento que serve para isso porque se no quadro da bienal nós discutirmos como desarmar o espírito de guerra já não haverá guerra", indicou.
Apesar da covid-19, Gilberto Veríssimo espera uma "bienal continental", que deverá superar a primeira edição.
Para o responsável a bienal de 2019 foi "essencialmente cultural" e "não teve uma participação ampla do continente". Para esta segunda edição espera-se que seja "continental". "Nós vamos servir de ligação entre Angola e as outras regiões (...) de forma a que todos venham e todos participem no quadro da bienal de Luanda".
Já a ministra de Estado para a Área Social, Carolina Cerqueira, citada pela Angop, fez saber que "a paz, o diálogo intergeracional, a resolução de conflitos, a reconciliação nacional e a resiliência perante as crises" vão fazer parte da agenda da segunda edição de bienal.
O tema da bienal deste ano será a "Cultura, Arte e Património Histórico de África", visando promover a harmonia entre os provos através da promoção da cultura.
As declarações dos responsáveis surgem no âmbito de uma audiência, que decorreu esta Segunda-feira, entre a ministra Carolina Cerqueira e uma delegação da CEEAC, chefiada por Gilberto Veríssimo, sobre os preparativos da Bienal da Paz de Luanda.
A primeira edição da Bienal da Paz de Luanda decorreu em Setembro de 2019, na capital, tendo reuinido cerca de 600 participantes internacionais e 16 países africanos.