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Cafunfo: UNITA quer ouvir Governo devido a cobertura do assunto nos órgãos públicos

O Grupo Parlamentar da UNITA quer ouvir o ministro das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social e os responsáveis dos canais televisivos TPA e TV Zimbo, devido à cobertura noticiosa dada por estes meios relativamente aos incidentes de Cafunfo.

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O pedido de audição foi entregue na Quinta-feira no gabinete o Presidente da Assembleia Nacional, adianta a União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) num comunicado.

Em causa está a garantia constitucional relativa à igualdade de tratamento pela imprensa e oposição democrática, que a UNITA entende ter sido violada pela televisão pública de Angola (TPA) e TV Zimbo, um canal do grupo Medianova, que pertencia aos generais "Dino" e "Kopelipa" e ao ex-vice-presidente Manuel Vicente e passou para as mãos do Estado em Julho de 2020.

"Entre outros factos, omitiram a posição da UNITA sobre o massacre de Cafunfo apresentada em comunicação do presidente Adalberto Costa Júnior e em conferências de imprensa do grupo parlamentar, além da visita dos deputados à vila mineira de Cafunfo, onde estiveram retidos por três dias sem uma referência nos órgãos em causa", critica o grupo parlamentar.

Outro facto apontado é o tratamento dos comunicados dos órgãos de cúpula dos dois partidos sobre o massacre de Cafunfo, tendo a TPA e a TV Zimbo lido na integra o do Bureau Político do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) e omitido o do Comité Permanente da UNITA.

A vila mineira de Cafunfo foi palco de incidentes entre a polícia e populares no passado dia 30 de Janeiro, de que resultaram um número indeterminado de mortos e feridos, estando sob um forte dispositivo das forças de segurança desde essa altura.

O Grupo Parlamentar da UNITA pede que as entidades em causa – o ministro, Manuel Homem, e os gestores da TPA e TV Zimbo sejam ouvidos pelas 6.ª e 10.ª comissões de trabalho especializadas da Assembleia Nacional, que tratam de matérias ligadas à Comunicação Social e aos Direitos Humanos.

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