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Governador exonera direcção do maior hospital da Lunda Norte por indisciplina e bruxaria

O governador da província da Lunda Norte, Ernesto Muangla, exonerou a direcção do maior hospital da província por “indisciplina dos gestores” que permitiram “rituais tradicionais e de bruxaria” numa das salas de internamento, foi noticiado.

: Francisco Miudo/Angop
Francisco Miudo/Angop  

Segundo Ernesto Muangala, os gestores do hospital geral David Bernardino Camanga, na centralidade do distrito do Mussungue, foram exonerados por “indisciplina” tendo em conta o “incumprimento” das ordens superiores do governo provincial e do gabinete provincial da saúde.

“O hospital não pode continuar a suportar os encargos de pessoal com as despesas de bens e serviços, isto é, dinheiro destinado a aquisição de medicamentos para a aquisição de bens alimentares, papéis, pagamento de algum pessoal contratado, entre outros”, disse o governante citado pela imprensa local.

A apresentação de um profissional de saúde na unidade hospitalar “em estado de embriaguez” foi igualmente apontada por Ernesto Muangala como um acto de indisciplina consentido pela anterior gestão.

Esta é a terceira vez que o governo da província da Lunda Norte, no leste de Angola, exonera a direcção da unidade hospitalar apontando a “indisciplina” entre os motivos.

Recentemente, circulou pelas redes sociais um vídeo onde duas mulheres semi-despidas, procediam a rituais de macumba (feitiçaria), com cânticos e 'xinguilamentos' (comunicação em transe), a um paciente internado no hospital geral do Mussengue.

O acto mereceu também condenação e repúdio de Muanguala: “Não podemos permitir a convivência da medicina moderna com macumbas como aconteceu muito recentemente no maior hospital da nossa província”, notou.

Na ocasião, o director do gabinete provincial da Saúde da Lunda Norte, Gime Nhunga, adiantou que foi instaurado um processo de averiguação e que as envolvidas estão já a prestar esclarecimentos ao Serviço de Investigação Criminal (SIC).

“Internamente, no hospital, estamos a tomar as medidas em relação à equipa que esteve em serviço, porque não é permissível que as mesmas [as senhoras] tivessem acesso à sala de observação”, sublinhou.

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