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Coronavírus deixa investidores chineses “encurralados” e sem data de regresso a Angola

Vários investidores chineses em Angola — inclusive membros da Câmara de Comércio Angola-China — estão actualmente “encurralados” no seu país de origem, tendo em conta a epidemia do coronavírus, não podendo regressar e retomar as suas actividades em território angolano.

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Estabelecidos no mercado angolano, no qual investiram nos últimos anos, vários empreendedores chineses regressaram ‘a casa’ por altura do Natal, com o intuito de celebrar a chegada no Novo Ano Chinês. No entanto, e tendo em conta o surto epidémico do Covid-19, ficaram retidos no país de origem.

Arnaldo Santos, presidente da Câmara de Comércio Angola-China descreve ao O País as dificuldades pelas quais estão a passar estes investidores chineses: “A quase totalidade dos chineses instalados em Angola regressou à China, em Dezembro, para os habituais festejos do Ano Novo Chinês. Infelizmente, foi neste período que começou a tragédia que, consequentemente, motivou a proibição de viagens, deixando encurralados a maioria dos nossos filiados”.

Garantindo ironicamente que, neste momento, encontrar um chinês em território angolano parece ser “um achado”, o responsável mostra-se esperançoso numa resolução da situação a curto prazo. Informações da Câmara de Comércio dão conta de que, durante a próxima semana alguns dos seus membros poderão ser autorizados a viajar, de forma a inverter a “baixa de investidores e comerciantes chineses em Angola”, tal como o baixo fluxo de mercadorias e bens, que afecta as parcerias estabelecidas entre empresários dos dois países. 

Relativamente a estas condicionantes, Arnaldo Santos referiu ao O País que a Câmara de Comércio está a tentar “montar uma ampla operação logística” de apoio aos empresários recém-regressados. O objectivo passa também por preparar os cidadãos chineses para um período de quarentena.

A instituição mostrou ainda a sua disponibilidade para apoiar estudantes angolanos na China. “Estamos a fazer aquilo que é possível fazer. A situação é muito limitativa, pelo que os nossos estudantes devem manter a calma. A realidade que está a ser vivida na China não distingue status”, afirmou.

Apesar de tudo, a nível comercial, os estabelecimentos chineses mantém uma actividade regular, muito devido a uma “eficiente metodologia de reservas de produtos nas superfícies e empreendimentos”, não estando, para já, previstas rupturas de stock.

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