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CASA-CE empossa novos membros para recuperação dinâmica da coligação

O secretário executivo nacional adjunto da Convergência Ampla de Salvação de Angola - Coligação Eleitoral (CASA-CE) tomou posse, para, entre outros desafios, recuperar a dinâmica funcional da organização, que actualmente enfrenta problemas internos.

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No acto, presidido pelo coordenador para a Acção Política e Revitalização da CASA-CE, Manuel Fernandes, tomaram posse com Muanza Kitongo, os secretários nacionais das distintas esferas políticas e seus respectivos adjuntos, dos quais se destacam Nelson Pestana Bonavena, secretário nacional para os Assuntos Eleitorais, e anunciados os secretários executivos provinciais e seus adjuntos.

Na sua intervenção, Manuel Fernandes, igualmente deputado à Assembleia Nacional, disse que o momento é de trabalho e de recuperação do "tempo perdido".

"É hora de arregaçar as mangas e ir ao encontro do cidadão. Repousa em nós e em vós a responsabilidade de reorganizar a CASA-CE, para fazer face aos grandes desafios, que passam pela recuperação da dinâmica funcional, adaptada ao novo contexto da CASA-CE, mobilizar e remobilizar para as suas fileiras, enquanto amplo instrumento de luta, reorganizar as bases, identificar e formar quadros para candidatos às eleições autárquicas previstas para o próximo ano", disse Manuel Fernandes.

Segundo o dirigente, aos militantes e quadros da coligação de partidos políticos "impõe-se capacidade, maturidade, competência política e administrativa, para a corrente leitura dos fenómenos sociais e fazer face aos desafios de luta rumo à vitória". 

"Vamos reestruturar melhor as bases em todo o país, temos que fazer da CASA uma verdadeira máquina política, que esteja à altura de carregar nas costas o seu candidato", disse.

A coligação eleitoral, criada em 2012 e liderada por Abel Chivukuvuku, enfrenta problemas internos há algum tempo, que divide militantes independentes e os filiados nas seis formações políticas que integram a CASA-CE.

"A CASA-CE vai contar com todos aqueles que estiverem dispostos em continuar com esta luta e àqueles que quiserem abandonar desejamos boa sorte e que nos deixem em paz", referiu.

Em 2018, cinco das seis formações políticas que integram a coligação solicitaram ao Tribunal Constitucional uma clarificação sobre qual dos órgãos da CASA-CE deve fazer a gestão dos fundos alocados a este e sobre a existência de um Conselho Presidencial composto maioritariamente por pessoas que não pertencem aos partidos políticos coligados, introduzidos pelo presidente da coligação, declarando-se independentes e que se opõem a cumprir qualquer decisão dos partidos coligados.

Em resposta, o acórdão do Tribunal Constitucional proibiu Abel Chivukuvuku de criar um novo partido dentro da coligação, esclarecendo ainda que os independentes não podem fazer parte do Conselho Presidencial da coligação.

Em declarações à imprensa, Manuel Fernandes, referindo-se a essa crise interna, disse que a paridade de quotas atribuídas aos partidos políticos e independentes nos novos cargos de direção demonstra "o quadro que melhor se adequa para a saúde desejada da CASA-CE".

"Todos aqueles quadros que estiverem dispostos a abraçar esse projeto, não é obrigado a pertencer a um partido político. É claro que os partidos têm a sua quota, mas acautelamos sim senhora cidadãos que não estão ligados a nenhum partido", frisou.

Relativamente à situação vigente no grupo parlamentar, Manuel Fernandes realçou que "em toda e qualquer organização política paira a disciplina partidária", por isso não é aceitável a descoordenação verificada na bancada parlamentar da CASA-CE.

O dirigente considerou aceitável a conduta de alguns deputados antes do acórdão do Tribunal Constitucional, mas "estão ultrapassadas todas as situações que levavam a esta desunião do grupo parlamentar".

"A indisciplina destrói e não podemos aceitar que estejamos num contexto em que a direção do grupo parlamentar tem uma direção e outros tentam remar contra a maré. Não é aceitável, mas estamos ainda abertos ao diálogo, vamos ver se conseguimos encontrar os consensos que se impõem", acrescentou.

Para este mês, está prevista uma reunião dos militantes independentes, sobre a qual a direção já foi informada por Abel Chivukuvuku.

"Fomos informados pelo companheiro presidente, que grande parte de cidadãos dirigentes da CASA e militantes que não fazem parte dos partidos políticos entendem que devem ter um espaço de reflexão sobre o contexto atual da casa. Entendemos que é natural, vão reunir-se, não estamos em condições de proibir, é legítimo e é democrático", disse.

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