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Angola sai da recessão de 2,4 por cento em 2018 e cresce 1,2 por cento este ano

A consultora FocusEconomics desceu ligeiramente a previsão de crescimento económico para Angola, que deverá ter uma expansão do PIB de 1,2 por cento este ano, seguindo-se a uma recessão de 2,4 por cento em 2018.

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"A economia parece ter ficado presa na recessão no último trimestre do ano passado, que se segue a um desapontante terceiro trimestre, que marcou o quarto trimestre consecutivo de contração", escrevem os analistas desta consultora com sede em Barcelona.

No relatório deste mês sobre as principais economias africanas, enviado aos clientes e a que a Lusa teve acesso, os analistas revelam uma descida das previsões de crescimento para Angola, este ano, antevendo uma expansão do PIB de 1,2 por cento, que contraste com os 1,3 por cento esperados no mês passado, 1,9 por cento em Dezembro e os 2,3 por cento que os analistas previam, em Novembro.

"O importante setor petrolífero continuou a desapontar no último trimestre do ano passado, quando a descida dos preços do petróleo anulou qualquer ganho da produção ligeiramente maior face ao trimestre anterior", vincam os analistas.

Além disso, acrescentam, "o índice da actividade económica continuou a deteriorar-se de outubro a dezembro, apontando para a segunda maior recessão em quase três anos em novembro, principalmente devido à pobre produção da indústria petrolífera". 

No relatório, os analistas consideram que a intenção de Angola regressar às emissões de dívida internacionais nos próximos meses, com uma emissão a 10 anos, "pode mostrar-se desafiante", principalmente devido à recente descida da Perspectiva de Evolução da economia por parte da Standard & Poor's, que desceu a previsão de Estável para Negativa, curiosamente em sentido inverso à opinião mostrada pela Moody's, que melhorou o 'Outlook' de Negativo para Estável.

Para este ano, "os analistas da FocusEconomics veem o crescimento a recuperar; inflação a moderar-se, um ambiente mais acomodatício na política monetária e um kwanza mais estável devem sustentar o consumo privado, enquanto as reformas em curso, apoiadas pelo Fundo Monetário Internacional, devem potenciar o crescimento do investimento e da actividade económica este ano".

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