Em causa está o julgamento do caso conhecido por "burla tailandesa", no qual são réus quatro cidadãos tailandeses, quatro angolanos, um eritreu e um canadiano, acusados de vários crimes, entre os quais a tentativa de burla na forma frustrada ao Estado angolano.
De acordo com o Ministério Público, enquanto decorre o julgamento, iniciado a 17 de Janeiro, continuam a fazer-se diligências para confirmar a autenticidade do cheque, que as autoridades angolanas dizem ser falso.
No momento em que foi pedida a confirmação da autenticidade do cheque, o Ministério Público solicitou a leitura da referida correspondência, pedido que os juízes indeferiram, considerando melhor a distribuição das cópias pelos advogados.
Entretanto, a sessão desta Terça-feira, prevista para audição do último dos dez réus, foi suspensa por falta de um tradutor do idioma tailandês.
A audição de Theera Buapeng está dependente de se encontrar um tradutor, tendo para efeito o tribunal nomeado um intérprete angolano, que mostrou dificuldades de comunicação com o réu.
O juiz suspendeu a sessão e remarcou-a para a próxima Segunda-feira, na qual se espera esteja já presente um novo tradutor proveniente da África do Sul.
O tribunal pretende com isto evitar que sirva de tradutor do réu, como aconteceu em sede de instrução, a co-ré tailandesa Monthita Pribwai, mas admite que, não havendo solução, terá de ser esse o procedimento.
Por outro lado, não coloca a possibilidade de iniciar a audição dos 38 declarantes enquanto não for terminado o interrogatório aos réus, por imperativo legal.