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Fitch afirma que reforma da banca em Angola já mostra resultados

A agência de notação financeira Fitch considerou Terça-feira que as reformas para melhorar a banca em Angola já estão a começar a mostrar resultados, mas o sector deve continuar fraco e fragmentado nos próximos anos.

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"O fecho de dois bancos angolanos que não conseguiram cumprir os rácios de capital mostra que as reformas para lidar com a fraqueza do sistema bancário angolano estão a começar a ter um impacto", lê-se numa Opinião de Crédito emitida Quarta-feira pela agência de 'rating'.

O fecho de bancos, dizem os analistas da Fitch, "podem ser positivos para a qualidade geral do crédito no sector, uma vez que removem os bancos mais pequenos e mais fracos, reduzindo a pressão da concorrência nos outros bancos".

Angola tem mais de 20 bancos em funcionamento, com os principais sete a controlarem mais de 80 por cento dos depósitos, "mas o resto do sector inclui um grande número de bancos com uma escala mínima", acrescentam os analistas.

Ao abrigo do Plano de Estabilização Macroeconómica, os bancos têm de ter cerca de 20 milhões de euros de capital de reserva, o que triplicou o montante exigido anteriormente, "mas estes requisitos ainda são baixos pelos padrões internacionais, e por isso esperamos que o sector continue fraco e fragmentado no futuro previsível", lê-se ainda na nota, que não constitui uma acção de 'rating' sobre o sector bancário angolano, que está classificado no nível B, abaixo da recomendação de investimento.

Para a Fitch, o sector bancário angolano tem uma "fraca capitalização", demonstrada pelo alto rácio de crédito malparado - quase 30 por cento do total dos empréstimos, no final de 2017, e pelos muitos empréstimos feitos em nome particular.

"Os empréstimos a uma só pessoa e a concentração de depósitos são elevados, expondo os bancos a um considerável risco de incumprimento financeiro no caso de falta de pagamento e riscos de liquidez em caso de retiradas súbitas de dinheiro", alertam os analistas.

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