De acordo com informação do BNA consultada pela Lusa, o leilão de Quarta-feira permitiu colocar no mercado primário o montante previsto, para cobertura de cartas de crédito com o objectivo de assegurar a importação de matéria-prima, peças e equipamentos para a indústria transformadora, "incluindo alimentar e bebidas e prestação de serviço ao sector petrolífero".
"Desta sessão não resultou qualquer alteração da taxa de câmbio", refere o BNA.
No leilão anterior, realizado a 30 de Janeiro, o kwanza voltou a sofrer uma depreciação, desta vez de 1,7 por cento, face ao euro, abaixo das limitações introduzidas pelo banco central para travar a especulação cambial.
Desde que a moeda europeia passou a ser a referência para o mercado de Angola, no novo regime flutuante cambial, a moeda nacional já acumula uma depreciação de 28 por cento para o euro, que vale 258,038 kwanzas na compra (pelos clientes), e 20 por cento para o dólar, que vale 209,1 kwanzas, segundo cálculos feitos pela Lusa com base nas taxas cambiais divulgadas anteriormente pelo BNA.
Estas taxas de câmbio resultaram do quarto leilão de divisas efectivado pelo BNA em 2018, realizado a 30 de Janeiro.
Tratou-se igualmente do segundo leilão consecutivo em que a depreciação do kwanza face ao euro ficou abaixo dos dois por cento.
Nos dois leilões concluídos anteriormente a estes, o valor da depreciação, em cada, foi superior a 10 por cento.
No leilão de divisas de Quarta-feira voltaram a ser aplicadas, pela terceira vez, as novas regras, anunciadas há quase duas semanas pelo governador do BNA, José de Lima Massano, alterando os limites das propostas que podiam ser apresentadas pelos bancos, que depois são utilizadas para formar a taxa de câmbio do kwanza face ao euro.
O próximo leilão para venda de divisas está programado para 12 de Fevereiro, "para cobertura de operações de diversos sectores", indicou o BNA.
