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João Lourenço diz que única prioridade é vencer as eleições em Angola

O general João Lourenço, ministro da Defesa, afirmou que a única prioridade que tem neste momento, enquanto candidato do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) a Presidente da República, é "vencer as eleições" deste ano.

Público:

"Estou preparado para aceitar este desafio (...). Tudo farei para honrar a confiança que em mim foi depositada", disse João Lourenço, também vice-presidente do MPLA, após a reunião do Comité Central, em Luanda, em que José Eduardo dos Santos, líder do partido e chefe de Estado desde 1979, oficializou a candidatura do seu ministro da Defesa como cabeça-de-lista às eleições gerais.

"A minha única prioridade neste momento é trabalhar para vencer as eleições e depois veremos", disse, questionado pelos jornalistas.

Na lista do MPLA candidata às eleições gerais de Agosto (círculo nacional), submetida à aprovação do Comité Central, João Lourenço é cabeça-de-lista e candidato a Presidente da República e Bornito de Sousa, também general na reserva e ministro da Administração do Território, é o número dois e candidato a vice-Presidente.

José Eduardo dos Santos, reeleito presidente do partido em 2016, completa em Agosto próximo 75 anos, tendo anunciado em Março último que pretendia abandonar a vida política em 2018.

"Eu venho sendo preparado e venho-me preparando para esta função, de há algum tempo para cá, na medida em que o que aconteceu hoje foi apenas a confirmação de algo que internamente, a nível do partido, pelo menos a nível da direcção do partido, já era praticamente um dado adquirido", disse aos jornalistas João Lourenço, na sua primeira declaração como candidato e após vários meses de especulações.

No final desta reunião do Comité Central, questionado pela Lusa sobre a sua visibilidade junto do eleitorado, após 38 anos de liderança de José Eduardo dos Santos, o agora oficialmente candidato do MPLA desvalorizou: "Modéstia à parte, eu penso não ser um eterno desconhecido. Sou quadro do partido há muitos anos, desempenhei muitas funções, fui secretário-geral do partido e nessa qualidade andei muito pelo país. Portanto, penso que o meu rosto é conhecido e sete meses [até às eleições] são suficientes".

Apesar de militar, general das Forças Armadas Angolanas na reserva, João Lourenço fez questão de não destacar essa condição, recordando que o país "já não está em guerra", desde 2002, e que os desafios agora são outros. "São a consolidação da democracia e o fortalecimento da economia".

Sobre a campanha eleitoral, João Lourenço afirmou que vai "jogar com as mesmas armas que os outros [candidatos] jogarem", ao falar sobre a possibilidade de debates.

"É um desafio grande, mas eu acredito que, embora difícil, não é impossível. Temos optimismo suficiente para pensar que vamos conseguir e quem vai conseguir não é o cidadão João Lourenço, o militante João Lourenço. Quem vai conseguir é o próprio MPLA, que é uma verdadeira máquina e eu sinto-me suficientemente respaldado para poder fazer frente a este desafio", rematou.

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