A posição foi apresentada por Norberto Garcia quando falava à imprensa, em Luanda, à margem do encontro de trabalho entre representantes de empresas italianas e empresários angolanos, promovido pela UTIP, entidade afecta à Casa Civil do Presidente da República.
De acordo com o responsável, aquele organismo continua a receber reclamações de investidores que pretendem apostar ou promover investimentos em Angola e que não conseguem viajar para o país.
"Se estivermos todos articulados, estamos convencidos que esta situação fica ultrapassada e teremos muitos investidores cá no país, para fazerem acontecer os investimentos junto com os angolanos", disse.
A problemática dos vistos em passaporte, apesar da parceria institucional entre a UTIP e o Serviço de Migração e Estrangeiros, "ainda é um entrave", reconheceu Norberto Garcia, defendendo a concessão de vistos de fronteira aos investidores. "Porque há investidores que querem estar aqui 24 horas e ir embora", sustentou o director da UTIP.
A delegação de empresários italianos do ramo da agro-indústria representa um universo de mais de 50.000 empresas italianas e um volume de negócios estimado em mais de 150 mil milhões de euros está em Angola a convite do Governo angolano, para definir parcerias no ramo com empresários angolanos.
O director da UTIP afirma que as parcerias com investidores estrangeiros são uma solução para os empresários angolanos com "grandes e bons projectos" mas sem financiamento. "Estamos aqui em busca de formas e soluções para que os projectos possam acontecer", concluiu Norberto Garcia.