Este aumento nos valores médios, de cerca de 3,5 por cento no espaço de uma semana, acontece depois de quebras semanais que fizeram o preço da nota de dólar descer dos 500 kwanzas dos primeiros dias do ano para 425 kwanzas há sete dias. Nesta altura persistirem limitações no acesso a divisas nos bancos, mesmo nas contas em moeda estrangeira, conforme a Lusa constatou em Luanda.
Na ronda feita pela Lusa, as kinguilas de Luanda, como são conhecidas as mulheres que se dedicam à compra e venda de divisas, actividade ilegal, davam conta da subida da cotação de dólar no mercado paralelo, sobretudo face ao aumento da procura, tendo em conta a quebra das semanas anteriores.
Apesar dos preços especulativos, ainda três vezes acima da taxa de câmbio oficial, face às dificuldades na banca, o negócio de rua ainda é uma alternativa para nacionais e estrangeiros que necessitam de divisas.
A venda de cada dólar está fixa nos 440 kwanzas no bairro do São Paulo (420 kwanzas na semana anterior) e nos 435 kwanzas no bairro dos Mártires de Kifangondo (420 kwanzas na anterior). Na Mutamba, a nota de dólar norte-americano é transaccionada a 435 kwanzas (440 kwanzas na anterior), enquanto as kinguilas do Maculusso a vendem a 450 kwanzas (430 na anterior).
Face à falta de dólares, estas taxas de rua já estiveram próximas dos 600 kwanzas por cada dólar em Agosto e Julho, depois de máximos de 630 kwanzas em Junho.
A taxa de câmbio oficial cifra-se actualmente em cerca de 166 kwanzas por cada dólar.