O traço mais característico do animal, também conhecido por bushbaby (bebé do mato), é o seu grito, um piar trinado em crescendo seguido de um chilreio - também utilizado pelas outras espécies de galagos, mas que, precisamente, o distingue destas - e que serve para se manter em contacto com os membros do grupo ou para avisar elementos rivais.
Este galago angolano é três vezes maior do que as restantes espécies desta família de primatas nocturnos com olhos e orelhas grandes, de acordo com a equipa de Magdalena Svenson e dos seus colegas da Universidade de Oxford Brookes.
A equipa identificou 36 indivíduos e sabe ainda muito pouco sobre a sua dieta ou hábitos.
A localização onde os animais foram avistados não é uma zona de selva protegida, pelo que está fortemente ameaçada.
“A indústria madeireira está a crescer incrivelmente em Angola nesta altura”, afirmou Svensson, citada pelo American Journal of Physical Anthropology.
“O habitat destes animais está a desaparecer”, acrescentou.
O galago anão angolano é apenas a quinta nova espécie de primatas descoberta no continente africano desde 2000 e Svensson acredita que há mais espécies por descobrir.
A vida selvagem naquela região encontra-se ainda pouco estudada, em parte devido à guerra civil que devastou o país.