Ver Angola

Ambiente

Chevron pede revisão dos incentivos fiscais para continuar a investir no país

A petrolífera norte-americana Chevron está a negociar com as autoridades uma revisão dos incentivos fiscais, que considera ainda pouco atractivos, para fazer mais investimentos no país.

:

O assunto foi abordado Terça-feira na audiência que o vice-Presidente, Manuel Vicente, concedeu ao vice-presidente executivo da multinacional, Jay Johnson, igualmente para apresentação do novo presidente da companhia para África e América latina, Clay Neff.

Em declarações à imprensa, Jay Johnson informou que a Chevron está a trabalhar com a concessionária Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola (Sonangol) e o Governo para a revisão dos termos fiscais.

"Porque nós temos muitos campos em quantidade e qualidade por explorar, mas os termos fiscais neste momento não são muito atractivos. Então temos estado a trabalhar tanto com a Sonangol e os vários departamentos do Governo de Angola, para podermos viabilizar e investir", disse o dirigente.

Angola é actualmente o maior produtor de petróleo em África, com cerca de 1,6 milhões de barris diários, sendo grande parte desta quantidade oriunda do offshore e onshore de Cabinda, onde opera a Chevron.

Jay Johnson reforçou que novos investimentos da petrolífera, presente em Angola há cerca de 60 anos, estão dependentes das negociações em curso.

"Nós esperamos que se encontrem termos fiscais competitivos para que possa incentivar os investidores", referiu, acrescentando que Angola continua a ser "um berço" para a multinacional, tendo em conta as boas relações com as instituições do Estado, parceiros e com a comunidade onde trabalham.

"Vamos continuar a trabalhar para que possamos ter termos fiscais, que possam incentivar e também trazer o melhor e o bem para o povo angolano", salientou.

Segundo o vice-presidente executivo da Chevron, no encontro foi reafirmada a continuidade dos investimentos no projecto de Produção de Gás Natural Liquefeito (LNG), através da fábrica instalada no município do Soyo, província do Zaire, norte de Angola, onde a petrolífera norte-americana detém uma participação de 36,4 por cento.

"Ela agora está estável, a produção vai prosseguir e temos muito em breve a produção no poço Mafumeira Sul, no Bloco 0, em águas rasas, em Cabinda, e vamos continuar a olhar aquilo que é profícuo e traz mais resultados com maior eficiência ao longo do tempo que estivermos aqui", frisou o responsável da multinacional norte-americana.

Permita anúncios no nosso site

×

Parece que está a utilizar um bloqueador de anúncios
Utilizamos a publicidade para podermos oferecer-lhe notícias diariamente.