Tomás Caetano, que falava à margem da apresentação dos resultados preliminares da primeira fase do Inventário Florestal Nacional (INF), disse que das mais de 800 espécies catalogadas, apenas cerca de 80 são exploradas.
Segundo o responsável, falta o conhecimento da utilização das restantes espécies por explorar, salientando que é preciso que a investigação florestal funcione e coloque a informação à disposição do mercado.
"Temos conhecimento das espécies encontradas, no que diz respeito aos seus nomes vernáculos e estamos agora a catalogá-las para se contratar um botânico, de formas a adicionarmos os nomes científicos das espécies”, disse.
"De facto estamos a utilizar poucas espécies, inclusive espécies nobres para utilização menos nobres. O que pretendemos é que as espécies nobres sejam utilizadas de forma nobre e introduzirmos no mercado espécies menos nobres para actividades menos nobres”, referiu o responsável.
Tomás Caetano avançou que estão em exploração cerca de 25 espécies nobres, as mais procuradas no mercado.
O projecto iniciado em 2008 teve a sua primeira fase concluída em 2015, e está orçado em 2,181 milhões de dólares, cobertos pelo Estado e pelo Fundo das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO).
A sua execução está a cargo do Instituto de Desenvolvimento Florestal, que efectuou a recolha de dados biofísicos, socioeconómicos e ambientais em 199 Unidades de Amostragem, distribuídas por todo o país, do total de 591 previstas, trabalho efectuado por 109 técnicos nacionais.