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Ambiente

Angola tem cobertura florestal muito acima da indicada antes da independência

Angola tem uma cobertura florestal de 60 milhões de hectares, contra os dados no período colonial português, de 53 milhões de hectares, indicam os resultados preliminares da primeira fase do Inventário Florestal Nacional (IFN).

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Os dados do primeiro inventário florestal realizado pós independência de Angola, em 1975, foram divulgados Terça-feira em Luanda pelo Ministério da Agricultura, numa cerimónia que contou com a presença do parceiro do projecto, o Fundo das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO).

Em declarações à imprensa, o director nacional do Instituto de Desenvolvimento Florestal (IDF), Tomás Caetano, referiu que o estudo teve início em 2008 e foi dividido em três fases, devido a dificuldades financeiras e materiais, tendo a primeira recolha de dados abrangido 199 Unidades de Amostragem, do total de 591 programadas.

O projecto está orçado em 2,181 milhões de dólares, dos quais 1,473 milhões de dólares disponibilizados pelo Governo, e o restante contribuição da FAO.

Segundo o responsável, o país apresenta uma taxa de desflorestação anual de cerca de 8,2 por cento, muito abaixo das registadas em alguns países africanos da região, sendo a principal ameaça o homem, através da agricultura, urbanização e a sua utilização como matéria-prima.

Tomás Caetano sublinhou que Angola está numa faixa de desflorestação "aceitável", salientando que "o país não está ainda em risco de desflorestação", tão pouco pode se considerar que "está a ser desflorestada num ritmo descontrolado".

"Agora, tem havido de facto alguns focos, que estão controlados, e os alarmismos que hoje se põem são o facto de se ter intensificado de alguma forma o processo de exploração florestal, mas ainda estamos em níveis sustentáveis", frisou.

Acrescentou que Angola pode de forma sustentável produzir anualmente cerca de 360 mil metros cúbicos de madeira, mas os níveis actuais rondam os 190 mil metros cúbicos por ano.

"Quer dizer que ainda estamos aquém da capacidade permissível, ainda estamos num nível de sustentabilidade", disse, informando que o Uíge é a primeira na lista de províncias com maior exploração florestal, seguida de Cabinda, Moxico e Cuando Cubango.

"O que se pretende de facto é o controlo dessa exploração, refiro-me à exploração industrial, como a que é feita pelas próprias populações, o que queremos é a sustentabilidade do processo de exploração e é isso que vamos atingir", realçou.

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