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José Barrica: “Em Angola não há crise que resista, é uma questão de tempo”

O embaixador de Angola em Portugal, José Marcos Barrica, considerou que a crise económica e financeira em Angola é passageira e salientou a resiliência do país na superação das dificuldades para sustentar que no país "não há crise que resista".

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"Estamos seguros que podemos afirmar com confiança que, apesar de tudo, em Angola não há crise que resista, é tudo uma questão de tempo", disse o embaixador, na sessão de abertura da conferência organizada pela Câmara de Comércio Indústria Portugal Angola, sobre os 40 Anos de Independência de Angola - Construir um Futuro Sustentável, que decorre em Lisboa.

"Temos um contexto muito difícil na economia angolana, com reflexos indesejados no ambiente de negócios que se pretende sustentável", salientou o embaixador, vincando que "apesar da estabilidade política, Angola está a atravessar um período de progressiva crise económica e financeira desde o segundo semestre de 2014".

José Marcos Barrica afirmou que "neste contexto de crise, existem pelo menos dois elementos que podem tornar-se mais perniciosos que a própria crise", elencando "a não identificação causal e a falta de serenidade e ausência de estratégia coerente de reversão da crise".

Para o diplomata, "as autoridades do Estado têm identificadas claramente as causas desta perturbação e, mais do que isso, há a consciência da urgência quanto à reversão da crise", que surgiu desde que o preço do petróleo começou a descer nos mercados internacionais no Verão de 2014, passando de um pico de 110 dólares por barril para cerca de 30 actualmente.

"O executivo definiu uma estratégia que incide no domínio fiscal, monetário, do comércio externo e do sector real da economia", acrescentou Barrica, antes de dedicar uma palavra à ajuda dos portugueses na superação das várias crises por que Angola passou.

"Temos uma história marcada por situações de adversidade mas de superação e progresso, uma história de resiliência que foi e é conseguida contando com as suas próprias forças, mas também com o indispensável concurso e participação activa de empresários, comerciantes e muitos outros cidadãos anónimos portugueses que em circunstâncias de crise e dificuldade na história recente, se mantiveram no interior do país, travando lado a lado com os angolanos batalhas comuns pelo desenvolvimento, progresso e bem-estar do país", disse Barrica.

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