Na capital da província, Menongue, decorrerão os principais eventos destinados a assinalar a revolta popular de 4 de Fevereiro de 1961 contra instituições do poder colonial em Luanda, comemorações que decorrem num ano de forte crise económica e financeira em Angola, devido à quebra das receitas com a exportação de petróleo.
De acordo com informação do Ministério da Administração do Território, as comemorações de 2016, com a habitual presença de membros do Governo e actos de massas entre outros eventos, decorrem sob o lema "Honremos os Heróis do 4 de Fevereiro, Fortalecendo a Unidade Nacional", tendo como objectivo motivar as novas gerações.
"Sensibilizar e mobilizar todas as forças vivas na nação para o seu empenhamento activo nas tarefas que visam a consolidação da paz, a reconciliação nacional e a reconstrução do país, em todas as suas vertentes", refere aquele ministério, responsável pelas comemorações.
O ataque por populares munidos de paus e catanas na madrugada de 4 de Fevereiro à Casa de Reclusão Militar, à Cadeia Administrativa de São Paulo e à 4.ª esquadra da polícia portuguesa, na cidade de Luanda, onde estavam encarcerados outros nacionalistas angolanos, é apontado como o início da luta anticolonial em Angola.
Numa alusão à data, o Bureau Político do comité central do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) exortou hoje, em comunicado, à "estabilidade política e social" no país para "fazer frente às actuais dificuldades económico-financeiras", decorrentes da crise petrolífera, "convicto de que é mais um desafio a ser vencido".
O 4 de Fevereiro é um dos vários feriados alusivos à luta armada angolana. Outras datas históricas, como o 4 de Janeiro (dia dos Mártires da Repressão Colonial), o 15 de Janeiro (Dia dos Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria) e o 15 de Março (dia da Expansão da Luta Armada de Libertação Nacional) passaram desde 2012 ao estatuto de "celebração nacional", deixando de ser feriados.