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Sonangol revê projectos e vende activos para manter plano de investimentos

A petrolífera estatal previu que 2016 será "bastante difícil" e anunciou que vai rever projectos de investimento e livrar-se de "activos e negócios não nucleares" para tentar manter o plano de investimentos previstos.

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No documento apresentado esta Quinta-feira em Luanda, a Sonangol afirma esperar que 2016 seja "um ano bastante difícil, no qual se espera um crescimento da produção petrolífera que por certo será acompanhada por uma substancial redução do preço do petróleo bruto", o que faz antever que "os resultados e o desempenho financeiro da empresa continuarão sob forte pressão".

Para lidar com este cenário difícil, a Sonangol diz que vai manter as medidas do ano passado "para a redução do custeio e que serão reforçadas em 2016, a revisão de alguns projectos de investimentos e o recurso à opção de descontinuidade de activos e negócios não nucleares".

A empresa, que hoje apresentou uma descida de 34 por cento na receita e de 45 por cento nos lucros, admite que "os resultados e o desempenho financeiro da empresa continuarão sob forte pressão", mas garante que vai "reforçar" este ano as medidas de controlo da despesa iniciadas no ano passado, para além de outras iniciativas com o objectivo de manter "as condições de equilíbrio financeiro e para explorar a necessária margem para continuar a investir".

A petrolífera apresentou uma queda de 34 por cento na receita do ano passado face a 2014, registando igualmente uma descida dos lucros na ordem dos 45 por cento, atribuíveis principalmente à queda do preço do petróleo. "A receita total da Sonangol em 2015 foi de 2,2 biliões de kwanzas, cerca de 34 por cento inferior à receita total de 2014" e o EBITDA "reduziu-se em 45 por cento", de acordo com o comunicado divulgado hoje, o dia seguinte à tradicional conferência de imprensa anual da empresa.

No documento, a Sonangol diz que produziu 649,5 milhões de barris em 2015, o que representa uma média de 1,77 milhões de barris por dia, o que traduz um aumento de 6 por cento face à produção do ano passado, um aumento explicado "principalmente pela entrada em produção de novos campos no bloco 14 (Lianzi), bloco 15 (Satélites – Kizomba II) e bloco 17 (MPP Rosa e Dália 1A), assim como pelo consistente desempenho operacional nos blocos 17, 18 e 31".

Na apresentação dos resultados, a petrolífera angolana diz que "a produção de gás natural decresceu em 8 por cento, fixando-se em 507.293 TM (toneladas métricas), num ano em que a unidade industrial de gás natural líquido na cidade do Soyo se manteve paralisada" e acrescenta que exportou 223,5 milhões de barris, "que ao preço médio de 50 dólares por barril permitiu uma arrecadação bruta de 11,1 mil milhões de dólares, o que representou uma diminuição de 54 por cento em relação a 2014, como consequência da redução simultânea do volume de exportação em 12 por cento e de um preço médio de 96,72 dólares por barril verificado no ano passado".

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