A Lusa noticiou em Outubro de 2014 que a TAAG, empresa pública, tinha sido autorizada a contrair um empréstimo de 261 milhões de dólares para adquirir duas aeronaves Boeing 777-300ER, de uma encomenda de três, o primeiro dos quais entrou ao serviço em Junho do mesmo ano.
Desde o final de 2015 que a TAAG passou a ser gerida, por acordo com o Estado angolano, pelos árabes da Emirates, tendo o administrador-executivo da transportadora aérea de bandeira, William Boulter, anunciado na terça-feira a chegada das duas novas aeronaves em Março e Abril.
Em declarações num programa da televisão pública angolana, o administrador explicou que objectivo passa por aumentar as frequências nas rotas de Luanda para Lisboa e para Havana (Cuba).
O contrato para a aquisição das três aeronaves foi assinado entre a TAAG e a Boeing a 27 de Março de 2012. De acordo com um despacho presidencial, de 1 de Outubro de 2014, a empresa foi autorizada a avançar com um financiamento, para o pagamento antecipado da aquisição destas duas restantes aeronaves, então com entregas previstas para Dezembro de 2015 e Março de 2016.
Com este despacho, assinado pelo Presidente José Eduardo dos Santos, a TAAG foi autorizada a celebrar acordos de financiamento com o HSBC Bank, Banco de Negócios Internacional, Afrexim Bank e um sindicato de bancos, nos montantes de 130.199.651 e 131.449.151 de dólares.
Estes valores "destinam-se ao pagamento antecipado" da aquisição das duas aeronaves ao fabricante norte-americano, referia o mesmo despacho. Estas aeronaves têm capacidade para transportar 225 passageiros em classe económica, 56 em executiva e 12 em primeira classe, possibilitando o acesso a telemóvel e internet a bordo.
A administração da TAAG disse anteriormente que o investimento nesta encomenda visa "consolidar os destinos actuais", face a "algumas irregularidades no cumprimento de horário" e outras dificuldades logísticas, podendo depois avançar com novas alternativas de destinos.
A companhia assegura voos internacionais e rotas nacionais com recurso a cinco aeronaves Boeing 737 e seis aviões 777, estes para operar rotas internacionais também para Lisboa e Porto, além do Brasil e Cuba, entre outros destinos.