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Lançado programa de 10.000 bolsas de estudo para angolanos em universidades brasileiras

Um total de 10.000 bolsas de estudo, destinadas a angolanos para receberem formação superior em universidades brasileiras, foram disponibilizadas pelo Fórum Internacional de Jovens com as Embaixadas (FIJE). As inscrições para este programa, cujo lançamento decorreu esta Sexta-feira no ISCED-Lubango (Huíla), estão abertas até ao próximo Domingo.

: Ampe Rogério/Lusa
Ampe Rogério/Lusa  

Segundo uma nota do FIJE, a que o VerAngola teve acesso, o programa das bolsas de estudo assume-se como uma "oportunidade para jovens angolanos obterem formação de excelência em instituições brasileiras".

As inscrições abriram esta Sexta-feira e vão decorrer até dia 19 deste mês.

As bolsas deste programa – que é fruto de uma parceria entre o Fije e a Lean Group Education, celebrada em Outubro do ano passado, no Brasil, nos domínios da saúde, ciências sociais e exactas e engenharia, cujo acordo de entendimento proporciona acesso a 40.000 bolsas de estudo para jovens dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa, designadamente Angola, Moçambique, Cabo Verde e Guiné-Bissau – são em estabelecimentos privados.

Para Angola, segundo a Angop, encontram-se à disposição as universidades de Sensu, Santa Madalena Sofia, Itecne, Van Gogh, Fadavila e Fiso, assim como os institutos Santé Corps e CEPUL.

Segundo Américo Tomás, porta-voz do projecto, a gestão das referidas bolsas abrange um período de dez anos, sendo que anualmente a ideia é incluir 1000 jovens angolanos para o Brasil, enquanto outros 1900 permanecem no país para estudarem remotamente.

Falando à Angop, o responsável explicou que as bolsas têm comparticipação, com os estabelecimentos de ensino a cobrirem 80 por cento da formação, enquanto o aluno arca com a percentagem que sobra, que inclui alojamento, alimentação e transporte.

Segundo Américo Tomás, depois da regularização do estudante no Brasil, o governo torna disponíveis 600 reais, equivalente a 91.000 kwanzas, sendo que os estudantes com melhor desempenho, depois de um ano têm direito a um estágio pago e têm a possibilidade de se candidatarem a bolsas totalmente financiadas pelo governo do Brasil.

Disse ainda estarem criadas as condições para dar início às inscrições. "As condições estão criadas para arranque das inscrições, razão pela qual convidamos todos os jovens interessados da Huíla e de províncias circunvizinhas a terem o seu ensino no Brasil, a fazerem a sua inscrição nos próximos três dias, no Instituto Superior de Ciências da Educação da Huíla", disse, citado pela Angop.

Entre os critérios, segundo o responsável, para licenciatura, os concorrentes devem ter nacionalidade angolana, entre 18 e 25 anos, ensino médio terminado com média mínima de 12 valores e certificado com as notas. Já para cursos de pós-graduação, extensão universitária e técnicos, não existe idade limite, escreve a Angop.

Após a Huíla, é a vez de apresentar e abrir as inscrições em Benguela, Moxico e Luanda, até ao próximo mês, cujo programa se estende a concorrentes de localidades vizinhas.

Pode saber mais no Facebook do FIJE.

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