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BNA prevê taxa de inflação de 17,5 por cento para 2025

O Banco Nacional de Angola (BNA) prevê para este ano uma taxa de inflação de 17,5 por cento, esperando melhorias da oferta de bens e serviços e adequação das condições monetárias à actividade económica.

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A previsão foi avançada pelo governador do Banco Nacional de Angola (BNA), Tiago Dias, no final da 121.ª reunião do Comité de Política Monetária (CPM) do banco central, realizada entre Segunda-feira e Terça-feira.

Tiago Dias referiu que a taxa de inflação mensal em Dezembro do ano passado foi de 1,70 por cento, face aos 1,61 por cento registados em Novembro, tendo a inflação homóloga fixado-se em 27,5 por cento.

“Os preços dos bens e serviços na economia continuam elevados. Todavia, realça-se o abrandamento da inflação mensal, iniciado em Maio de 2024, assim como da inflação homóloga, desde o mês de Agosto, após os picos de 2,61 e 31,09 por cento observados em Abril e Julho, respectivamente”, disse o governador do BNA.

Segundo Tiago Dias, o comportamento da inflação em 2024 deveu-se a vários factores, com impactos directos e indirectos, como os ajustes aos preços dos transportes públicos, do gasóleo, das propinas em escolas privadas e públicas, do serviço de telecomunicações e da redução da oferta de bens agrícolas devido à intensidade das chuvas.

“A nossa perspectiva é de que a inflação homóloga vai continuar a cair até ao mês de Junho de 2025. A partir de Junho de 2025 é que a situação vai-se tornar mais desafiante, muito mais desafiante, mas os dados em nossa posse mostram claramente que a inflação homóloga vai continuar a cair”, salientou.

Relativamente ao impacto do reajuste salarial da função pública em 25 por cento, previsto para Março deste ano, na taxa de inflação, Tiago Dias disse que o Banco Nacional de Angola tem instrumentos de política monetária suficientes para fazer face a eventuais pressões inflaccionistas que advenham do aumento de salários.

“Para já isto não constitui preocupação do lado do Banco Nacional de Angola”, garantiu.

Tiago Dias apontou como riscos para o aumento da taxa de inflação a alteração de preços administrados (definidos), nomeadamente, o eventual ajuste nos preços dos combustíveis, ou uma produção abaixo das previsões de crescimento económico, particularmente a produção de petróleo.

“Se estiver aquém das nossas previsões isso poderá ter um impacto sobre a disponibilidade de moeda estrangeira na economia e consequentemente sobre a inflação. Também poderemos mencionar uma redução muito substancial dos preços do petróleo no mercado internacional, abaixo do preço de referência do Orçamento Geral do Estado, também poderá ter um impacto sobre a inflação”, assinalou.

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