Segundo o gabinete de estudos económicos do Banco Fomento Angola (BFA), a emissão de dívida pública foi feita a 27 de Dezembro do ano passado, com um 'spread' de 650,6 pontos-base e com maturidade a 31 de Dezembro de 2030, e serve para garantir o empréstimo de 400 milhões de dólares do JP Morgan, mas também "presumivelmente outras operações", diz o BFA.
"Esses títulos estão actualmente a ser negociados a uma yield de 4,5 por cento colocando a emissão angolana com um yield a rondar os 11 por cento, em linha com as actuais yields da dívida angolana em mercado secundário, e bastante acima das últimas emissões, nomeadamente em 2022, quando Angola emitiu dívida a 10 anos a 8,75 por cento", lê-se na nota de análise à operação.
De acordo com o decreto presidencial 235/2024, de 20 de Dezembro, consultado esta Quinta-feira pela Lusa, o Governo "aprova a emissão de novas séries de Eurobonds nos mercados internacionais como colateral para as operações que permitam captar financiamento até ao limite de 1,5 mil milhões de dólares".