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Radares inteligentes e exames multimédia vão ser implementados para reduzir acidentes

Arnaldo Carlos, comandante-geral da Polícia Nacional, informou que se encontra a ser implementado no país um novo sistema de radares inteligentes, bem como exames de multimédia. Com estas medidas – enquadradas na estratégia de prevenção e segurança rodoviária –, adiantou, espera-se que contribua para a diminuição do número de acidentes e respectivas consequências.

: Facebook Governo de Angola
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"É nesse sentido que vamos projectar a acção de fiscalização, agora com novos meios que vamos introduzir, como já dissemos, para conseguirmos, nos próximos dias, uma redução nos acidentes e suas consequências", afirmou o responsável, em declarações à imprensa, na passada Sexta-feira, no fim da primeira Sessão Ordinária do Conselho Nacional de Viação e Ordenamento do Trânsito (CNVOT), cuja orientação coube à Vice-Presidente da República, Esperança da Costa.

Segundo um comunicado do CIPRA, a que o VerAngola teve acesso, no encontro, o conselho "tomou conhecimento, através do Relatório sobre a Sinistralidade Rodoviária referente a 2023, que o país registou um total de 14.429 acidentes de viação, que resultaram em 3121 mortes e 17.902 feridos".

Os dados, quando comparados ao ano anterior, apontam para um aumento dos números. "Os principais indicadores de sinistralidade rodoviária, comparativamente a 2022, indicaram um acréscimo no número de acidentes de mais de 1069, 122 mortes e 2209 feridos", lê-se no comunicado.

De acordo com o relatório, registaram-se mais atropelamentos, colisões entre automóveis e motociclos, assim como despistes, seguidos de capotamento, com a faixa etária entre os 16 e 46 anos a ser a mais afectada por acidentes de viação e os homens a serem as principais vítimas.

Os dados apontam ainda que Luanda "lidera os números da sinistralidade rodoviária", seguindo-se as províncias da Huíla e do Huambo. Por outro lado, a província do Cuando Cubango apresenta o menor registo.

"Quanto às causas dos acidentes, destacam-se a inobservância das regras do Código de Estrada, associadas às condições das infra-estruturas rodoviárias e ao mau estado técnico dos veículos, com um índice de gravidade por mortes de 22 por cento, abaixo da média da África subsaariana, que é de 28 por cento, e uma taxa de nove vítimas por cada 100.000 habitantes", lê-se no comunicado.

Além disso, o conselho também apreciou o Relatório de Balaço das acções-chave concretizadas no ano passado, no âmbito do Plano Nacional de Prevenção e Segurança Rodoviária 2023-2027, das quais "a concessão e construção dos centros de inspecção técnica de veículos automóveis e seus reboques e o processo de implementação dos exames multimédia".

No balanço também são destacados a "implementação de programas de reabilitação, manutenção e conservação das infra-estruturas rodoviárias e dos trabalhos de identificação e correcção dos erros de engenharia que têm causado acidentes de viação, a aprovação do diploma legal para o registo e controlo das vítimas de acidentes de viação nas unidades sanitárias e a indicação dos hospitais de referência, bem como a construção do Instituto de Anatomia Forense de Luanda".

Os membros do conselho também se inteiraram acerca dos preparativos da concretização do Fórum Internacional de Prevenção e Segurança Rodoviária, com previsão para o primeiro trimestre deste ano, acerca dos "projectos de Decreto Presidencial e o processo de fiscalização da condução em excesso de velocidade, tempo de condução e repouso".

O comandante-geral da Polícia Nacional prevê, com o referido fórum, reunir conhecimento e partilhar com diversas entidades e países que possuem "experiências de sucesso no domínio da contenção do ritmo de crescimento da sinistralidade".

Assim, referiu: "Com base nesses termos de referência, agora vamos procurar fazer toda a construção organizativa para que o fórum decorra ainda durante o primeiro trimestre deste ano".

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