Ver Angola

Indústria

Rui Miguêns: prevemos que a transformação industrial contribua em 5,2 por cento do PIB para 2024

O Governo prevê que a transformação industrial seja capaz de contribuir em 5,2 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) para este ano. A informação foi avançada pelo ministro da Indústria e Comércio, Rui Miguêns, que disse ainda que para 2024 auguram que a componente da transformação “seja superior, pela primeira vez, à componente dos serviços”.

:

O ministro, ao discursar no âmbito da cerimónia de cumprimentos de fim-de-ano do sector por si tutelado, disse ainda que se espera que, este ano, o sector dos serviços contribua com cerca de 4,6 por cento do PIB.

"Para o ano de 2024, nós auguramos que a componente da transformação, da indústria transformadora, seja superior, pela primeira vez, à componente dos serviços. Estamos a prever que o produto industrial, a transformação industrial, seja capaz de contribuir para 5,2 por cento do Produto Interno Bruto para o próximo ano e o sector dos serviços será capaz de contribuir em cerca de 4,6", afirmou.

Ainda no campo das perspectivas para 2024, o ministro disse estarem, igualmente, a trabalhar na implementação das novas regras que possibilitarão à Reserva Alimentar Estratégica concentrar-se em assegurar que "o essencial dessa reserva" venha da produção nacional: "Estamos também a trabalhar para implementar, a partir do dia 1 de Janeiro, as novas regras que vão permitir que a Reserva Alimentar Estratégica do país se concentre em garantir que o essencial dessa reserva venha produzido dos nossos campos, venha produzido das nossas indústrias".

"Esse vai ser, talvez, o elemento mais importante de transformação na actividade pública do ministério" em 2024, acrescentou.

O titular da pasta da Indústria e Comércio fez ainda um apanhado de 2023, tendo referido que apesar dos desafios, se alcançaram algumas metas governamentais. "A capacidade de irmos construindo a segurança alimentar que o nosso país merece e a garantia de que os produtos que os nossos produtores, quer na área industrial, quer na área agrícola, todos os dias produzem, consigam chegar à mesa, às casas, às empresas dos nossos cidadãos, do nosso país", afirmou.

Já em declarações aos jornalistas, Rui Miguêns reiterou a aposta no aumento da capacidade de produção nacional em grande escala.

"Nós estamos a endereçar essa preocupação, garantindo que continuemos a implementar a política do Governo relativamente ao aumento da capacidade de produção nacional, porque é essa produção levada a grande escala que vai permitir o fornecimento normal, sucessivo e a preços justos dos bens essenciais para a nossa população", afirmou.

O ministro disse ainda estarem a "permitir que os operadores privados invistam, sejam incentivados, estamos a criar todos os estímulos para esse efeito, a reduzir as barreiras burocráticas para o trabalho dos operadores económicos e ao mesmo tempo estamos a proteger a nossa indústria nacional".

O titular da pasta da Indústria e Comércio esclareceu ainda que não têm "nenhuma proibição de importação de quaisquer bens", mas sim "uma política orientada no sentido de dar prioridade, antes de qualquer movimento de importação, dar prioridade aqueles bens que já somos capazes de produzir no nosso país e, portanto, a importação deverá ser sempre uma forma de consolidar as necessidades que possam existir".

"O mais importante e o nosso foco é aumentar a oferta e, naturalmente, com esse aumento de oferta nós esperamos que os preços se estabilizem e que isso possa ser uma realidade no bolso dos cidadãos", acrescentou.

Relacionado

Permita anúncios no nosso site

×

Parece que está a utilizar um bloqueador de anúncios
Utilizamos a publicidade para podermos oferecer-lhe notícias diariamente.