A arquidiocese de Luanda, em comunicado, agradece a Deus pela vida e ministério de Bento XVI e “em comunhão com toda a Igreja” convida as paróquias, casas de formação e comunidades religiosas a celebrar na Quinta-feira a primeira missa em sua memória.
Segundo a nota, será realizada igualmente na sexta-feira uma solene celebração arquidiocesana, que deve congregar as dioceses de Luanda, Caxito e Bengo, na Igreja Sagrada Família, em Luanda, em sufrágio à alma do papa emérito Bento XVI.
“A província eclesiástica de Luanda, de modo particular as dioceses de Viana, Caxito e Luanda, vão juntar-se à Nunciatura Apostólica para celebrar na Sexta-feira uma missa em sufrágio à alma do papa emérito Bento XVI”, disse o bispo de Caxito, Maurício Camuto, citado pela emissora católica angolana.
Bento XVI, que morreu a 31 de Dezembro, vítima de doença e que será sepultado na Quinta-feira, visitou Angola em 2009.
Maurício Camuto, também secretário-geral da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST), recorda que Bento XVI deixou “gratas recordações e mensagens que continuam actuais” para a meditação e “enriquecimento espiritual”.
“Então, serão para nós também, não só um momento de manifestarmos a nossa dor e tristeza, a nossa ação de graças, mas também a nossa gratidão ao Senhor por nos ter concedido esse papa e também por ter passado pela nossa terra, por nos ter visitado”, realçou o prelado católico.
Um livro de condolências pela morte do papa emérito está aberto na Nunciatura Apostólica em Luanda.
Bento XVI, que morreu com 95 anos, abalou a Igreja ao resignar do pontificado por motivos de saúde, a 11 de Fevereiro de 2013, dois meses antes de comemorar oito anos no cargo.
Joseph Ratzinger, que foi papa entre 2005 e 2013, nasceu em 1927 em Marktl am Inn, na diocese alemã de Passau, tornando-se no primeiro alemão a chefiar a Igreja Católica em muitos séculos e um representante da linha mais dogmática da Igreja.
Os abusos sexuais a menores por padres e o “Vatileaks”, caso em que se revelaram documentos confidenciais do papa, foram temas que agitaram o seu pontificado.
Bento XVI classificou os abusos como um "crime hediondo" e pediu desculpa às vítimas.
O funeral de Bento XVI realiza-se na Quinta-feira, na Praça de São Pedro, no Vaticano, às 9:30 locais, numa celebração presidida pelo Papa Francisco.