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Malanje palco do acto central do 4 de Janeiro

A província de Malanje acolhe o acto central do 62.º aniversário do dia dos Mártires da Repressão Colonial, que se assinala esta Quarta-feira, 4 de Janeiro, com o lema “4 de Janeiro de 1961 a 4 de Janeiro de 2023 – Honremos os Bravos Combatentes da Luta Anti-Colonial”.

: L.Willms/Wikipédia
L.Willms/Wikipédia  

O director dos Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria, Ananias Gomes, fez saber que está tudo pronto para a concretização do acto, que terá lugar no município do Quela: "Está tudo pronto".

O responsável, citado pela Rádio Nacional de Angola (RNA), informou igualmente que o acto será presidido pelo Secretário de Estado para os Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria, General Domingos André Tchinhama.

"Preside ao acto sua excelência o senhor Secretário de Estado para os Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria, General Domingos André Tchinhama. Assim que chegar, desloca-se até ao cemitério monumento onde irá depositar uma coroa de flores no cemitério dos mártires, depois regressa à sede municipal onde acontecerá o acto político", referiu, em declarações à RNA.

Questionado acerca do facto de estarem perante uma comemoração que acontece numa altura em que a população solicita mais atenção à região da Baixa de Cassanje, o director referiu tratar-se "do esforço que o Executivo central, o governo provincial, a administração provincial, todos estão empenhados na execução de tarefas que concorram para melhorar a condição de vida das populações da baixa".

Por sua vez, cidadãos defendem uma maior disseminação deste acontecimento, assim como a elevação do dia 4 de Janeiro a feriado nacional.

Foi o caso de Adelino Ngunza, um sobrevivente, quem em declarações à Angop, salientou que as vítimas da repressão colonial "deram a vida para que Angola hoje se tornasse um país independente", ao passo que Manuel Nguge, também em declarações à Angop, advogou que para se dignificar as vítimas deveria ser erguido um memorial e um bairro piloto em Teka-dia-kinda.

O governador de Luanda, Manuel Homem, também não vai deixar a data passar em branco e, na capital, vai deslocar-se até ao cemitério de Santa Ana onde depositará uma coroa de flores em homenagem às vítimas.

De referir que o dia dos Mártires da Repressão Colonial foi criado para homenagear as vítimas do Massacre da Baixa de Cassanje. A 4 de Janeiro de 1961, o regime colonial português reprimiu camponeses das plantações de algodão que se revoltaram contra o trabalho escravo.

Parte da libertação nacional teve dependência neste acontecimento, que, segundo a Angop, despertou a consciencialização dos angolanos que, um mês depois, a 4 de Fevereiro de 1961, iniciaram uma luta armada contra o regime colonial português que terminou com a proclamação da independência de Angola (11 de Novembro de 1975).

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