Marcial Dachala, porta-voz da UNITA, em declarações ao Novo Jornal, afirmou que o 4 de Janeiro "deveria ser um feriado nacional, porque o 4 de Janeiro foi um acontecimento histórico que deu início à luta armada contra o colonialismo português".
De acordo com o porta-voz da UNITA, a Assembleia Nacional "tem de rever esta situação", indicando que se trata de "uma data de muito sacrifício para o povo angolano que foi oprimido pela administração portuguesa".
Por sua vez, Manuel Fernandes, presidente da CASA-CE, também em declarações ao Novo Jornal, indicou que na altura da aprovação da Lei dos Feriados Nacionais, o partido no poder não deu grande importância ao 4 de Janeiro, assegurando que vão continuar a lutar para transformar esse dia em feriado.
"Vamos continuar a lutar para que o 4 de Janeiro passe a ser um feriado e não apenas uma data de celebração nacional", disse, acrescentando que "milhares de angolanos perderam a vida neste acontecimento" e que esta "data não pode ser minimizada".
O dia 4 de Janeiro de 1961 – que esta Terça-feira celebra 61 anos – ficou marcado pelo início da luta contra o regime colonial. A rebelião dos trabalhadores de uma empresa que explorava campos de algodão na Baixa de Cassanje é considerada como o primeiro confronto contra o colonismo português, onde várias pessoas terão morrido.